Foi a primeira estrada de turismo do País. Pelo menos foram essas as palavras do ministro das Obras Públicas, engº Duarte Pacheco, quando anunciou a construção da Estr. Marginal da Costa do Estoril (EN 6). O plano era ligar Lisboa a Cascais com uma via que realçasse a paisagem. Concluída em Junho de 1942, começou por ser usada pelos poucos portugueses que tinham automóvel e faziam passeios ao fim-de-semana. Mas depressa a estrada turística se tornou pequena para tanta procura.
Estrada Marginal Lisboa-S.João do Estoril [post. 1960] Carcavelos, ao fundo o Forte de São Julião da Barra Estúdio Mário Novais, in Lisboa de Antigamente |
A baía em forma de cotovelo situada na margem da barra do Tejo, que
Damião de Góis descreveu em 1554, foi o local escolhido por D. João III
para edificar uma grande fortaleza que assegurasse a defesa,
fundamental, da entrada marítima de Lisboa. As obras iniciaram-se entre
1553 e 1556 embora pouco tenham avançado
até à morte do rei, no ano de 1559.
O projecto primitivo do Forte de São Julião é atribuído ao arqº Miguel de Arruda, e até 1579 registaram-se obras na estrutura fortificada. Na sua construção participaram os mais conhecidos militares e engenheiros ao serviço do reino, como Leonardo Turriano ou Capitão Fratino. Partindo de um núcleo de reduzidas dimensões, esta fortificação foi-se modificando, ampliando e adaptando às novas exigências que foram surgindo ao longo dos anos.
O projecto primitivo do Forte de São Julião é atribuído ao arqº Miguel de Arruda, e até 1579 registaram-se obras na estrutura fortificada. Na sua construção participaram os mais conhecidos militares e engenheiros ao serviço do reino, como Leonardo Turriano ou Capitão Fratino. Partindo de um núcleo de reduzidas dimensões, esta fortificação foi-se modificando, ampliando e adaptando às novas exigências que foram surgindo ao longo dos anos.
Estrada Marginal Lisboa-S.João do Estoril [post. 1960] Ao fundo, o Forte de São Julião da Barra Estúdio Mário Novais, in Lisboa de Antigamente |
Assim como outras fortificações, também São Julião da Barra serviu de
prisão militar e política. Foi célebre o caso do General Gomes Freire
de Andrade, que esteve detido em São Julião da Barra e foi executado no
terreno anexo à fortificação.
A 22 de Agosto de 1951 perde a sua função militar para assumir a
passagem a novas funções de estado e de recepção de eventos políticos.
Aqui, além de outros, estiveram instalados, em 1951 o General Eisenhower
e no ano seguinte o Marechal Montgomery.
São de salientar as esplanadas, as casamatas em abóbada e a cisterna onde com regularidade ocorrem iniciativas culturais.
Forte de São Julião da Barra [c. 1910] Carcavelos, ao fundo o Forte de São Julião da Barra Alberto Carlos Lima, in Lisboa de Antigamente |
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