Friday, 28 February 2025

Avenida Sacadura Cabral

O topónimo atribuído por edital de 14/09/1926 presta tributo ao Oficial da Armada e aviador português, Artur de Sacadura Freire Cabral Júnior nasceu a 23 de Abril de 1881 em Celorico da Beira e morreu de desastre no Mar do Norte em Novembro de 1924, quando voava em direcção a Lisboa, pilotando um avião que se despenhou. O seu corpo nunca foi encontrado.
Serviu nas colónias ultramarinas no decurso da Primeira Guerra Mundial, foi um dos instrutores iniciais da Escola Militar de Aviação, director dos serviços de Aeronáutica Naval e comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa. Unanimemente considerado um aviador distintíssimo, pelas suas qualidades de coragem e inteligência, notabilizou-se a nível mundial, ultrapassando as insuficiências técnicas e materiais que na época se faziam sentir.

Avenida Sacadura Cabral |1960|
Grande Herói da Aviação
Venda ambulante junto da R. Oliveira Martins
Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente
Nota(s): o local da foto não está identificado no abandalhado amL.

Realizou diversas travessias aéreas memoráveis, notabilizando-se especialmente em 1922, ao efectuar, juntamente com Gago Coutinho, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Gago Coutinho e Sacadura Cabral foram aclamados, em Portugal e no Brasil, por este feito, tornando-se objecto de múltiplas homenagens. Uma das mais significativas, mas ocorrida já postumamente, foi a iniciativa do Banco de Portugal de colocar as efígies dos dois navegadores em papel-moeda. [infopedia]   

Thursday, 27 February 2025

Travessa da Cruz de Soure

A Travessa da Cruz de Soure (1859) — recorda Norberto de Araújo — foi chamada «das Parreiras», e podes ver ainda debruçadas de um muro de quintais ramadas de videiras; olha: aí tens no prédio 23 uma lápide foreira «Andrada, fôro 500 réis».

Travessa da Cruz de Soure |1923|
Ao fundo a Tv. Conde Soure.
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente
Legenda no arquivo: «Doença suspeita no prédio da travessa do C. de Sor»

Sunday, 23 February 2025

Avenida António Augusto de Aguiar, 144: Casa Júlio de Andrade

No contexto do grande plano de desenvolvimento camarário da cidade de Lisboa em direcção a norte, entre 1897 e 1898 foi rasgada a Av. António Augusto de Aguiar que, contando com pouco mais de um quilómetro de extensão, finalmente concretizava (embora de forma enviesada) a ligação há muito pretendida entre a Avenida da Liberdade e a Estr. da Circunvalação (actual Rua Marquês da Fronteira). Apenas em 1903 foram disponibilizados os talhões do quarteirão triangular formado pela Av. António Augusto de Aguiar, Rua Marquês da Fronteira) e Estr. da Palhavã (actual Rua Nicolau Bettencourt), junto do local onde a primeira terminava.
Em Junho de 1903, Júlio de Andrade (1838-1906), acrescentaria ao seu pecúlio o lote nº 34 (também com frente para a estrada da Palhavã), no aludido quarteirão triangular no extremo norte da avenida. Para este último contratou Raul Lino para projectar o que terá sido outra casa de rendimento.
A 29 de Fevereiro de 1904, «foi celebrado o contrato para a construção da casa entre o proprietário e o construtor civil Manuel Joaquim de Oliveira, tendo o arq.º Raul Lino e Inocêncio Madeira como testemunhas. A empreitada foi dada por 18:100$000 a pagar em sete prestações, devendo a obra estar concluída num prazo máximo de 12 meses.

Avenida António Augusto de Aguiar, 144 |post. 1903|
Casa de Júlio de Andrade
; atrás e a dir. notam-se as antigas torres do Parque José Maria Eugénio sobre a Rua Dr. Nicolau Bettencourt.
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente

A fachada principal é definida pela configuração das coberturas, muito inclinadas e com beirado em madeira, à imagem dos chalets centro-europeus. Esta fachada era composta por volumes discretamente desencontrados, num jogo de vãos e varandas, cujas guardas de ferro apresentavam um intrincado desenho plenamente imbuído do estilo Arte Nova.
A casa de Júlio de Andrade não sobreviveu às alterações do tempo, tendo sido demolida em 2003, em vésperas de cumprir o primeiro centenário. [DGPC]

Avenida António Augusto de Aguiar, 144 |1966-04|
Casa de Júlio de Andrade; atrás e a dir. notam-se as antigas torres do Parque José Maria Eugénio sobre a Rua Dr. Nicolau Bettencourt.
Augusto de Jesus Fernandes, in Lisboa de Antigamente

N.B. Júlio de Andrade, (?-1906), apaixonado zoófilo, não foi só um ilustre membro da abastada burguesia lisboeta do final do séc. XIX. A sua acção destaca-se pelo seu papel enquanto membro fundador da Sociedade Protectora dos Animais em 1875.Em 1882 Júlio de Andrade teve a ideia de oferecer à cidade de Lisboa em nome da S.P.A. fontanários-bebedouro para animais. Foi director do Banco de Portugal (fundado a 19 Nov. 1846) e do Banco Lisboa & Açores (fundado a 22 Mar. 1875), tendo-se no entanto destacado pelos seus actos de benemerência.
Através de edital de 12/05/1910 a Câmara Municipal de Lisboa  homenageou-o com atribuição do seu nome à rua entre o Campo dos Mártires da Pátria e a Travessa da Cruz do Torel.  

Friday, 21 February 2025

Ruas das Taipas e da Conceição da Glória

A Rua da Conceição da Glória, na Freguesia de São José, foi atribuída na que até aí era designada por Rua da Conceição, Edital do Governo Civil de Lisboa de 05/08/1867: “ (...) tendo em consideração as representações que me foram presentes, ácerca de serem por outras substituídas as denominações actuais de algumas ruas, travessas e becos da capital, a fim de se evitar a confusão e irregularidades que resultam da identidade das mesmas denominações em diferentes locaes, e atendendo a outras razões alegadas por diversos proprietários de prédios, e moradores de algumas localidades, mostrando-se por tudo a necessidade de ampliar as providencias já estabelecidas a similhante respeito pelo edital d’este Governo Civil do 1º de Setembro de 1859".

Ruas das Taipas e da Conceição da Glória |1955|
Antigas de São Sebastião (designada pelo vulgo Rua de São Sebastião das Taipas) e da Conceição, respectivamente.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

N.B. Sabe-se ainda que esta artéria – Rua da Conceição – Freguezia de S. Jozeph já existia com esta designação em 1770 pois aparece referida nas plantas e descrições das freguesias da remodelação paroquial de 1770.
Sebastião (rua de S.) (vulgo das Taipas) primeira á esquerda na calçada da Gloria, indo da rua de S. Pedro de Alcantara, e finda nas travessas da Conceição de Cima e Rozario, freguezia de S. José 2 a 70 e 1 a 109. [Velloso:1869]

Rua da Conceição da Glória |c. 1900|
Inicio do arruamento junto à Avenida da Liberdade.
Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 16 February 2025

Rua de São João de Mata: a Santíssima Trindade

Subamos, com a linha eléctrica, o primeiro troço da Rua de S. João da Mata e prossigamos uns passos pela Rua Garcia da Orta, antiga de Santíssima Trindade, e logo encontramos as entradas da Rua de S. Félix e dos Remédios. [...]
Aquelas Ruas da Santíssima Trindade, S. Félix e S. João da Mata, têm uma única origem: a do Convento das Trinas, da Ordem da «Santíssimas Trindade», fundada por «S. João da Mata», e por «S. Félix», e de que há pouco te falei.
A explicação é aceitável; hoje a designação da Santíssima Trindade foi substituída pelo nome do grande botânico português, Garcia da Orta, e as tradições religiosas não se sentiram afrontadas. [Araújo, 1938]

Rua de São João de Mata |1956|
Cruzamento com a Rua Garcia de Orta
Nota(s): Criada em 1904, o Eléctrico 25, tornou-se a maior carreira de circulação de Lisboa, ligando a Baixa da cidade à Estrela.
Judah Benoliel, in Lisboa de Antigamente

João de Matha (1160-1213) foi um monge francês, fundador juntamente com São Félix de Valois, da Ordem da Santíssima Trindade (também conhecida como a Ordem Trinitária).
Este topónimo aparece pela primeira vez, nos registos paroquiais, em 1757.

Rua de São João da Mata |1902|
Esquina com a Rua de Santos-o-Velho
Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente

Friday, 14 February 2025

Avenida da República, 65 no cruzamento com a Avenida Barbosa du Bocage, 59

Este grande xadrez regular das chamadas Avenidas Novas — edificações modernas com alguns palacetes de formoso aspecto — é delimitado pela Avenida Duque de Ávila, a sul, antiga Rua do Arco do Cego, a oriente, a linha férrea da Cintura, a norte, e a Avenida Marquês de Sá da Bandeira, a poente, ainda que as avenidas principais de orientação Norte-Sul — Cinco de Outubro e República — ultrapassem, em prolongamento, estes limites teóricos.

Avenida da República, 65 no cruzamento com a Avenida Barbosa du Bocage, 59 |1969|
Palacete construído na viragem do século XIX demolido em 1970.
Nas Avenidas Novas nasceu a Rua Barbosa du Bocage, por Edital de 11/12/1902, na via pública entre as Avenidas Marquês de Tomar e Rua do Arco do Cego. Passados quase 23 anos, o Edital de 08/06/1925 mudou a classificação da artéria para Avenida.
Nuno Roque da Silveira, in Lisboa de Antigamente

Não deixa de ser curioso designá-las, anotando que a urbanização desta área se está fazendo desde há trinta anos, sistematicamente, cada lustro com seu avanço, quási sem nós darmos por isso. 

Avenida da República, 65 no cruzamento com a Avenida Barbosa du Bocage, 59 |1969|
Palacete construído na viragem do século XIX demolido em 1970.
Nuno Roque da Silveira, in Lisboa de Antigamente

No sentido Norte-Sul correm as Avenidas de Sá da Bandeira (que não passa do Largo do Rego), Marquês de Tomar, Cinco de Outubro, da República (esta a artéria mater), dos Defensores de Chaves, e a Rua do Arco do Cego, que se chamará Avenida D. Filipa de Vilhena (parte dela). Transversalmente correm as Avenidas Duque de Ávila, João Crisóstomo, Miguel Bombarda, Visconde de Valmor, Elias Garcia, Barbosa du Bocage, Berna e António Serpa. [Araújo, XIV, 1939]

Avenida Barbosa du Bocage, 59 no cruzamento com a Avenida da República, 65  |1969|
Palacete construído na viragem do século XIX demolido em 1970.
Nuno Roque da Silveira, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 9 February 2025

Rua Possidónio da Silva que foi da Fonte Santa

Há em Lisboa uma Rua da Fonte Santa, nome que se mudou em «de Possidónio da Silva». Sem dúvida Possidónio foi um benemérito da pátria, a quem a Arqueologia nacional muito deve, mas podia o seu nome ser imposto a uma nova, isto é, ainda inominada, e conservar-se o de Fonte Santa, que se liga a concepções míticas e religiosas da antiga Lisboa, da Lisboa pré-cristã. Estas substituições, porém, são por via de regra intempestivas, porque o povo, na sua prudência secular, despreza as apelações camarárias, e continua a adoptar as que ele já conhecia, herdadas de seus avós.

Isto dito, decidiu a CML através do seu Edital de 17/05/1897 homenagear Joaquim Possidónio Narciso da Silva pelos relevantes serviços que prestou à classe operária inválida, fundando, em 1864, o Albergue dos Inválidos do Trabalho — hoje Inválidos do Comercio no nº 204 neste arruamento.

Rua Possidónio da Silva |1961|
Ao fundo a Rua Santo António à Estrela, 35 e a Casa de Santa Zita da Estrela antes solar dos Aires de Ornelas.
Artur Goulart, in Lisboa de Antigamente

Joaquim Possidónio Narciso da Silva (1806-1896) partiu para o Brasil com apenas um ano de idade, acompanhando o seu pai, um mestre-geral dos paços reais destacado para o Rio de Janeiro. Aí cresceu, regressando a Portugal já com 21 anos para estudar nos ateliers de Sequeira e Sendim.
Em 1824 partiu para Paris para frequentar o curso de Arquitectura da École des Beaux-Arts, que concluiu quatro anos depois, e onde foi discípulo de Charles Percier. Passou dois anos em Roma, e voltou para Paris, onde participou das obras do Palais Royal e das Tulherias.
Regressou a Portugal apenas no final de 1833, tornando-se arquitecto da Casa Real e trabalhando nos palácios da Pena, de São Bento e das Necessidades, traçando também o Palácio do Alfeite. Em 1863 fundou a Associação dos Arquitectos. Porém, as suas ideias, marcadas pela Restauração francesa, não foram bem acolhidas em Portugal, razão pela quais muitos dos seus projectos para teatros, academias e um palácio real, foram recusados.

Rua Possidónio da Silva |1945|
Antiga da Fonte Santa: escadinhas de acesso ao Chafariz da Fonte Santa, junto ao n.º 111.
Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente

N.B. Em 1882, o escultor francês Anatole Vasselot fez um busto de bronze de Possidónio da Silva mas este nunca permitiu a divulgação da sua imagem em nenhum meio até à sua morte e assim, este busto apenas foi inaugurado em 5 de julho de 1968, colocado sobre um pedestal de pedra na Praceta da Rua Possidónio da Silva.

Rua Possidónio da Silva |1964|
Antiga da Fonte Santa junto ao n.º 25.
Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente

Friday, 7 February 2025

Terreiro do Paço: vendedores ambulantes

O Terreiro do Paço, vulgo Praça Comercio, foi construído, ainda no século XVI, sobre a praia e sobre o mar, o solar dos Mouras-Cortes-Reais, umas das mais nobres residências de Lisboa, e, um pouco acima, já na escarpa, dominava o palácio dos duques de Bragança embelezado, em meados do século, com as obras que o Duque D. Teodósio nele mandou fazer. O Terreiro do Paço e nele a Casa da India e logo o Paço da Ribeira, magnificente moradia régia, de três andares, coroado por quatro torres ameadas, que D. João III, depois ampliou, e mais tarde, Filipe II, seguindo o plano do arquitecto Terzi, havia de alterar, aumentando-o ainda com um torreão que dava sobre o Tejo. Junto do Palácio ficava a Armaria, valioso museu militar, e ainda a Torre do Relójio, a Varanda das Damas. Mas em frente, pois que isso e mais, o grande Terramoto Tudo Levou.

Terreiro do Paço |190-|
Vendedoras ambulantes de marisco
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente
Terreiro do Paço |190-|
Vendedor ambulante de estampas
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente





 



 
 
 
 
 
 
 
 







Também os vendedores ambulantes encontraram no Terreiro do Paço o seu poiso preferido, e o principal mercado de comestíveis da cidade depois conhecido por Mercado da Ribeira Velha que em princípios de quinhentos, se acoitava ao lado oriental do Terreiro do Paço, junto dos Alpendres e na proximidade do Açougue do Peixe, que ficava à entrada do Pelourinho Velho.
 
Terreiro do Paço |191-|
Vendedor ambulante de carvão
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente
Terreiro do Paço |191-|
Vendedor ambulante de carvão
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 2 February 2025

Avenida Almirante Reis: obras do Metropolitano

Nos primeiros anos do século XX, paralela à antiga Estr. de Sacavém e prolongando para Norte a Rua da Palma, é aberta a Av. Almirante Reis que, na sua primeira fase, terminará junto ao hospital de Arroios, na actual actual Praça do Chile. Rasgada no último período da monarquia. Quantos lisboetas saberão hoje quem foi este Almirante Reis que deu o nome a uma das mais importantes artérias citadinas? Chamava-se Carlos Cândido dos Reis (1852-1910), foi vice-almirante da marinha de marinha de guerra e um dos grandes instigadores e organizadores da revolução de 5 de Outubro de 1910. Construída sobretudo com prédios de rendimento, destinada a uma classe média de cariz republicano, o nome caiu-lhe bem. E ficou.

Avenida Almirante Reis: obras do Metropolitano (Intendente) |1966|
Junto à Tv. Cidadão João Gonçalves com o Castelo encimando a imagem.
Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente

A Avenida tem sofrido alterações diversas. Começou por ser ladeada de árvores, ao gosto da época; só que as necessidades de época (e de todas as épocas afinal; só que as necessidades de trânsito se tornam prioritárias), para ser depois alargada e «modernizada» no início da década de quarenta. No meado do seculo8 XX dá-se inicio à construção do Metropolitano.

Avenida Almirante Reis: obras do Metropolitano |1965-05|
Junto ao antigo Cinema Lys (Roxy) no cruzamento com a Rua dos Anjos.
Artur J. Goulart, in Lisboa de Antigamente

A sociedade Metropolitano de Lisboa, é constituída a 26 de Janeiro de 1948 e tinha como objectivo o estudo técnico e económico, em regime de exclusivo, de um sistema de transportes colectivos fundado no aproveitamento do subsolo da cidade. A concessão para a instalação e exploração do respectivo Serviço Público veio a ser outorgada em 1 de Julho de 1949.
Os trabalhos de construção iniciaram-se em 7 de Agosto de 1955 e, quatro anos depois, em 29 de Dezembro de 1959, o novo sistema de transporte foi inaugurado.
O 1º escalão de construção da rede foi concretizado em fases sucessivas. Assim, em 1963 entra em exploração o troço Restauradores/Rossio, em 1966, o troço Rossio/Anjos e, por último, é completado em 1972 com a ligação Anjos/Alvalade.

Avenida Almirante Reis: obras do Metropolitano (Anjos) |1966|
Junto ao eixo Rua de Angola/Rua Febo Moniz
Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ADRAGÃO, José Victor & PINTO, Natália, RASQUILHO, Rui, Lisboa, vol. 2, 1985.
metrolisboa.pt
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