É curiosa pelo seu pitoresco natural e semblante «muito Belém» esta ala de prédios desde a esquina da Praça [Afonso de Albuquerque], pela Rua Vieira Portuense, até à Travessa das Linheiras, dos n.°s 40 a 52; serão alindados para se integrarem, em 1940, na área da Exposição do Mundo Português. As suas colunas estão «comidas» no sopé pela areia: tem poesia bairrista, um certo ar decrépito mas que transpira verdade pitoresca.==
(ARAUJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. IX, p. 73)
Rua Vieira Portuense |1965| Antiga Rua do Cais As Casas velhas e pitorescas de Belém Velho, do lado sul, com face voltada ao mar. Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
O topónimo homenageia Francisco Vieira (1765-1805), pintor, lente de desenho na Academia do Porto, cognominado «Vieira Portuense», por ter nascido nessa cidade, e para se diferençar doutro seu afamado contemporâneo, conhecido pelo nome de «Vieira Lusitano», por ter nascido em Lisboa.
Figura ímpar, entre os grandes mestres da pintura setecentista, Vieira Portuense é um exemplo a seguir pela persistência da sua actividade artística e pelo estudo aturado que o levou a todos os lugares da Europa onde a arte se sacralizava, e fez dele o maior pintor do Século XVIII, com méritos reconhecidos em Itália, Alemanha e Inglaterra, bem como em Portugal, onde D. João VI o chamou à Corte, nomeando-o primeiro pintor da Real Câmara.
Rua Vieira Portuense |1968| Antiga Rua do Cais À esq. nota-se um troço da Rua de Belém e, do lado oposto vislumbra-se o Monumento a Afonso de Albuquerque; no terreno baldio virá a nascer na década de 1980 o Jardim Vasco da Gama. Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
Nesse terreno antes baldio, agora relvado e desde os oitenta (como mencionou) abri a cabeça a jogar à bola(anos 90). O outro rapaz não sei, talvez igual pois foi cabeça com cabeça.
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