Da Rua de Artilharia Um, pela a Travessa da Fábrica dos Pentes à Rua Castilho
«Vamos descer a Rua de Artilharia Um, dístico aposto em Agosto de 1911,
e que sucedeu ao da velha Rua de Entremuros, esta por sua vez, e desde
1768, modificação designativa da antiga Estrada. Com efeito, esta
comprida artéria de Campolide velho descia ao Rato entre muros de
quintas; havia, porém, uma quinta chamada de Entremuros, e que teria
dado o nome à serventia rústica de
setecentos. Esta Rua, antiga, de Entremuros foi designada,
simultaneamente quási, na voz do povo e nos escritos dos cartórios, por
Rua dos Ciprestes, Rua dos Quentais e Rua dos Geraldes, isto pelos
fundamentos de assimilação de que mais adente falarei. [...]
Quinta e Pátio do(s) Geraldes [c. 1900] Rua de Artilharia 1, Rua Castilho e Rua Rodrigo da Fonseca José A. Bárcia, in Lisboa de Antigamente |
Pátio do(s) Geraldes [1888] Rua de Artilharia 1, Rua Castilho e Rua Rodrigo da Fonseca Exposição Pecuária Nacional em 1888 no Valle de Pereiro (depois Parque Eduardo VII). Augusto Bobone, in BNP |
Aqui
defronte da Travessa da Fábrica dos Pentes existiu no século passado
[séc. XIX] a Quinta e Pátio dos Geraldes, com tanto renome no sítio, e
desaparecido há meia dúzia de anos [c. 1933] para urbanização do local. O Palácio,
com suas chaminés cónicas (das quais ainda há os vestígios da base
(Maio de 1939) no quarteirão por edificar entre as Ruas Castilho e Rodrigo da Fonseca), com sua frontaria armoriada, sua capela de belo
pórtico e seu agradável conjunto solarengo, teve história alfacinha,
fidalga e política, que aqui não tem lugar.»
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XI, pp. 94 e 97, 1939)
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XI, pp. 94 e 97, 1939)
gostei
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