No século da tomada de Lisboa confluíam ainda nêste sítio os dois braços de água dos vales do Andaluz e de Arroios-Mouraria, correndo ao Tejo em regueiro. [...]
No século XIV o arrabalde do Rossio — «Ressio› se dizia — fazia [já] parte da cidade. Rossio de S. Domingos, Rossio de Santa Justa, logo Rossio de Valverde — estava feito o Rossio de Lisboa, cujas orlas de edificação a Câmara e o Rei por vezes disputavam. [...]
Praça D. Pedro IV [séc. XIX] Venda ambulante de refrescos; carro Chora Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Do final de setecentos até hoje, o Rossio — na sua fisionomia pombaIina — limitou-se a enfeitar-se, arruar-se, arrumar uma zona a poente, rever a sua orientação, construir um teatro, erguer um monumento, pôr de pé uma estação terminal de linha férrea, empedrar o chão, recortá-lo depois — usar do seu direito de capital, praça titular de Lisboa.
Praça D. Pedro IV [séc. XIX] Venda ambulante de bolos; carro Chora Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, pp. 61-62, 1939.
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