Wednesday, 13 November 2019

Central Tejo

Situada entre as Avenidas da Índia e de Brasília, a Central Tejo foi inaugurada em 1909. A sua junção com a Central da Boavista permitiu fornecer electricidade a Lisboa e a toda a faixa costeira até ao Estoril. A partir de 1911 passou a ser designada como Central Tejo à Junqueira.
Edifício concluído em 1919, com projecto dos engenheiros Veillard e Touzet. A actual Central Tejo localizou-se junto a uma fábrica de electricidade, de pequenas dimensões, ali instalada desde 1908. 

Central Tejo, panorâmica da fachada Sul vista do Tejo [post. 1939]
Cais de Belém
Na imagem, o navio inglês Switzerland, ex Monassir, construído em 1920 pela firma Caledon Steamship Building & Engineering Co..
Kurt Pinto, in Lisboa de Antigamente

Os edifícios destacam-se pela sua arquitectura, quer pela forma e volumetria, quer pela utilização plástica dos materiais, como o tijolo vermelho, o ferro e o vidro, relevando uma indiscutível modernidade e grande impacto urbano. Do conjunto destacam-se os grandes janelões de vidro, que conferem uma marca de leveza aos edifícios, sendo simultaneamente importantes do ponto de vista funcional. 

Central Tejo [1940]
Avenida da Índia e Avenida de Brasília depois das obras.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente
Central Tejo [1940]
Rio Tejo
 
Kurt Pinto,in Lisboa de Antigamente

A Central Tejo insere-se nos modelos técnicos das centrais termo-eléctricas. Tinha como missão fornecer energia eléctrica e gás de iluminação pública à cidade de Lisboa, desempenhando um papel fundamental na produção eléctrica e sua divulgação, até ao surgimento das centrais hidroeléctricas. Laborou de 1909 até cerca de 1975, ininterruptamente até cerca de 1954. 

Central Tejo [1916]
Avenida de Brasília
A Guarda Nacional Republicana junto à Central Tejo durante a greve dos eléctricos.
Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente

O equipamento tecnológico foi sendo alterado de acordo com exigências técnicas e de aumento de produtividade. No início da sua laboração contava com dois geradores e seis caldeiras de baixa pressão. Actualmente, pode visionar-se, no interior do edifício, caldeiras de alta pressão da firma Babcok & Wilcox e grupos turbo-alternadores tipo Parsons. Pertence à EDP desde 1976 (aquando da formação da empresa), constituindo um edifício para fins museológicos, denominado de Museu da Electricidade.
Classificado desde 1986 como I.I.P.-Imóvel de Interesse Público.

Fotografia aérea sobre a zona de Belém, vendo-se a Central Tejo [post. 1919]
Avenida de Brasília; Rio Tejo
 
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
igespar.pt; cm-lisboa.pt

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