Friday, 31 May 2019

Chafariz da Praça das Flores (ou do Monte Olivete)

Este era o chafariz n.º 11. Inicialmente situava-se perto do Arco de São Bento. O Arco foi demolido em 1838 e o chafariz, por sua vez, foi mudado para o início da Rua do Monte Olivete, junto à Praça das Flores. Foi mandado construir pela Direcção das Águas Livres em 12 de Junho de 1805.
Os seus sobejos eram repartidos por D. Genoveva Alexandrina e José Ramos da Fonseca. D. Genoveva tinha sido lesada com a destruição de algumas das suas propriedades  (entre a Rua do Arco a S. Mamede, e a a antiga Travessa do Pombal, hoje Rua da Imprensa Nacional) aquando da construção do Aqueduto para o Chafariz da Esperança  e não recebera indemnização, sendo a metade dos sobejos da água deste chafariz uma forma da a recompensar.

Chafariz da Praça das Flores ou do Monte Olivete [entre 1885 e 1910]
Largo Agostinho da Silva
Atrás, a Rua Prof. Branco Rodrigues
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Este chafariz não encosta à parede. Tem uma planta poligonal. É esquinado de pilastras encimadas de urnas. No seu lado frontal apresenta as armas reais da centúria de setecentos sobre molduras e requebros curvilíneos, rematado por um frontão em arco quebrado, semelhante a uma chaveta, e ladeado por 2 das pilastras, apresentando uma bacia de recepção de águas, ampla, que percorre toda a base frontal..
Em 1851, tinha duas bicas, duas companhias de aguadeiros, dois capatazes, sessenta e seis aguadeiros e um ligeiro.

Chafariz da Praça das Flores ou do Monte Olivete [c. 1941]
Largo Agostinho da Silva
Confluência da Rua Marcos Portugal, Praça das Flores e Rua do Monte Olivete
António Passaporte, iin Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ANDRADE, José Sérgio Veloso de - Memória sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo, 1851.

4 comments:

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  3. Não quero roubar-lhe a paciência, mas o Arco de São Bento não foi demolido em 1838, mas sim desmontado em 1938 para alargamento da Rua de São Bento.
    Cumprimentos
    Valdemar Silva

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    1. Tem razão, já há paciência para aturar os seus devaneios. Dois pontos, aqui. Primeiro: trocou o destino do seu comentário. Segundo: no artigo "Arco de S. Bento» em nenhum momento se diz que o arco foi demolido, cito: " remodelação do antigo Palácio das Cortes, actual Assembleia da República, implicou que as suas pedras fossem desmontadas e numeradas, tendo sido reconstruido na Praça de Espanha=, fim de citação.
      Das duas, uma: ou não lê o que se escreve. ou tem esquecido as tomas para debelar os dificuldades cognitivas que denota.

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