Em suma — diz Mestre Júlio de Castilho — : a Rua do Carvalho, a Rua do Loureiro, a Rua dos Jasmins, a Rua da Era, a Travessa da Era (ou Hera), a Travessa das Chagas Velhas, a Travessa da Laranjeira, ou das Laranjeiras, como dantes se chamou, a Rua das Parreiras, a Rua das Flores, e talvez a Praça das Flores, são risonhas amostras de um quadro que se perdeu, um grande quadro variegado, painel muito florido, a que talvez se apegassem, aqui, ali, nalgum canteiro, nalgum alegrete, nalgum caramanchão, memórias desconhecidas das lindas mãos de Brites ou de Helena de Andrada; e digo lindas, porque Miguel Leitão lá confessa, com ar malicioso, que havia então parentas suas bem formosas.
Travessa das Parreiras [1908] Perspectiva tomada da Calçada de Santo António na direcção sa Rua de Santa Marta Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
Como refere Castilho, este topónimo de “parreiras” inscreve-se numa antiga tradição popular de designar topónimos indo buscar a sua identidade às disposições dos terrenos ou do local, às circunstâncias naturais, à fauna ou à flora.
Este arruamento — que era uma antiga zona rural — tem início na Calçada de Santo António e finda na Rua de Santa Marta.
Travessa das Parreiras [1908] Ao fundo a Rua de Santa Marta Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
CASTILHO, Júlio de, Lisboa Antiga, vol. I, p.28.cm-lisboa.pt.
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Rua onde nasci e brinquei
ReplyDeleteNão nasci lá mas brinquei lá muitas vezes...do lado esquerdo havia um sapateiro...
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