A primitiva Igreja de S. Julião não se encontrava no local que ocupa
hoje, mas sim a norte da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (cruzamento da Rua de S. Julião com a Rua Augusta).
Com a destruição causada
pelo terramoto de 1755 a igreja foi reconstruída no local onde outrora
se erguera a Patriarcal de D. João V, igualmente arrasada pela
catástrofe. A reconstrução foi concluída em 1810. Seis anos depois, um
incêndio destruiu o recheio do templo, que teve de sujeitar-se a novas
obras, as quais se prolongaram até 1854. Em 1910, o Conselho Geral do
Banco de Portugal decidiu comprar a antiga Igreja de São Julião e os
seus anexos, devido ao crescimento do Banco. De 1910 a 1933 decorreram
as negociações entre o Banco de Portugal e a Arqui-confraria de São
Julião. Em 7 de Junho de 1933, foi celebrada a escritura de compra e
venda do edifício, altura em que foi dessacralizada.
Igreja de São Julião [c. 1950] Largo de São Julião; em segundo plano destaca-se a fachada dos Paços do Concelho António Passaporte, in Lisboa de Antigamente |
Em 30 de Novembro de 1938, o Banco submeteu à Câmara Municipal de Lisboa (CML) um anteprojecto elaborado pelo arq.º Porfírio Pardal Monteiro, a fim de substituir por um único prédio os diversos edifícios que constituíam o conjunto da sede e da antiga Igreja de S. Julião e anexos. Todavia, esse requerimento não teve resposta favorável da edilidade.Posteriormente o Banco decidiu aproveitar os espaços disponíveis para áreas técnicas, casas fortes, arquivos e, ainda, estacionamento temporário para cargas e descargas de materiais, equipamentos e pessoas.A decisão para a reabilitação e restauro do edifício da Sede do Banco de Portugal foi tomada em 2007, tendo em conta a necessidade de reabilitação geral do edifício, incluindo o seu reforço estrutural; o cumprimento dos Euro-códigos em termos de resistência anti-sísmica e protecção contra incêndios; a adopção de vários dispositivos de segurança e de saídas de emergência; e a instalação do Museu do Dinheiro. [in museudodinheiro.pt]
Desculpem, mas não me parece que a fachada dos Paços do Concelho esteja em segundo plano (na segunda foto)... Está à direita, não visível.
ReplyDeleteCarlos
Tem razão. Malefícios do "copy/paste da foto anterior. Vou corrigir a legenda.
DeleteOnde ficaram os registros da igreja?
ReplyDeleteEm 1936, os livros do cartório passaram, em depósito, para a Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, e depois em definitivo para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Deletea imagem é de 1933 ou anterior, reparem nos carros e no facto da Igreja ainda não estar dessacralizada.
ReplyDeleteSim, deve rondar a década de 30/40. Vai corrigir-se. Gratos.
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