O sítio de S. Julião deveu o nome à Igreja medieval, onde é tradição que recebeu baptismo Pedro Julião— eleito Papa João XXI em 1276— , e que foi a paróquia do Paço da Ribeira. [...,] O Terramoto deu cabo dela. O Largo de S. Julião, que caía sobre o chão que deu a Rua dos Retroseiros [Conceição] — sumiu-se. Mas esta Rua ficou de S. Julião até hoje, embora o povo lhe chamasse «Algibebes», pois aos algibebes foi destinada quando se rompeu depois de 1755.(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa,vol. XII, pp. 49-50, 1939)
Rua de São Julião, poente |190-| «Vulgo dos Algibebes, porque quase todas as suas lojas são ocupadas por vendedores de fato feito». [F.M.Bordalo: 1863] Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente |
À cidade de Lisboa confirmação do acordo que fizeram sobre os aljibebes, pelo qual estes não mandem fazer um vestido de pano novo, salvo de galez, entre outros, que se especificam.
Esta concessão é feita em virtude dos vereadores, procurador em câmara e os procuradores dos mesteres alegarem que os aljibebes faziam roupas de panos finos e de sortes de panos em que o povo podia ser enganado, vendendo uns pelos outros, entre outros malefícios. Álvaro Fernandes a fez.==
(Chancelaria de D. Manuel I, liv. 17, fl. 97v,1496-152, in ANTT)Nota(s): Vem referenciada no Pranto de Maria Parda (1522), de Gil Vicente, como rua de «San Gião».
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