Friday 4 October 2024

Ruas da Alfândega e dos Bacalhoeiros

As Rua Nova da Alfândega e a Rua da Ribeira Velha [actual Rua do Instituto Virgílio Machado] passaram a constituir um único arruamento, com a denominação de Rua da Alfândega, por edital do Governador Civil de Lisboa de 1 de Setembro de 1859, em razão do edifício da Alfândega que ocupa todo o lado sul desta Rua, uma construção pombalina posterior ao terramoto de 1755 que veio substituir a alfândega quinhentista que se situava aproximadamente onde hoje confluem as Ruas do Comércio e da Madalena.
De acordo com o olisipógrafo Pastor de Macedo, a partir de 1755 a parte oriental da rua era a Ribeira Velha que só em 1836 aparece como Rua da Ribeira Velha, enquanto a parte compreendida entre o Terreiro do Paço e a Rua dos Arameiros foi denominada como Rua Direita da Misericórdia (1766), Rua da Misericórdia de Baixo (1780), Rua dos Freires da parte de baixo (1787), Rua da Conceição dos Freires da parte do mar (1799) e Rua Nova da Alfândega (1806).

Rua da Alfândega |Início séc. XX|
À esquerda, a Rua dos Arameiros e à dir. o edifício da antiga Alfândega [hoje Min. Finanças].
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente

De acordo com Gomes de Brito, pelo mesmo Edital do Governador Civil de 1 de Setembro de 1859, as Ruas dos Bacalhoeiros e dos Confeiteiros foram mandadas reunir em uma só, sob a designação de «Bacalhoeiros». A dos Confeiteiros, que anteriormente a 1755 se denominava «Rua de Cima da Misericórdia» principiava no Arco Escuro (Campo das Cebolas) e findava na rua da Madalena. [Brito: 1935]

Ruas da Alfândega e dos Bacalhoeiros (dir.) | c. 1900|
Ao centro vê-se o antigo Terreirinho das Farinhas composto por um renque de seis
pequenos núcleos de casas sito entre a Rua dos Arameiros e o Campo das Cebolas e demolido na
década de 1940.

Autor desconhecido, in Lisboa de Antigamente

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