Modificada, embelezada e modernnisada — noticiava a lllustração portugueza em Novembro de 1914 — abriu ha dias a antiga pastelaria Benard. de que é proprietário o sr. Casimiro Bénard. O interior da loja é revestido de elegantes vitrines de metal branco e cristal, bons espelhos que rodeiam a casa o até ao teto, tudo decorado a branco e ouro, o que a torna confortável e vistosa. A pastelaria Bénard tornou-se o ponto escolhido da boa sociedade de Lisboa para as suas reuniões, sendo o o seu proprietário, pelas belas qualidades que possue e dotes de inteligencia que o distinguem, merecedor de todas as simpatias que lhe são dispensadas.
A elegante Pastelaria Bénard, vizinha do Hotel Borges, — recorda-nos Mário Costa no seu Chiado pitoresco e elegante — pertence hoje à firma Manuel José de Carvalho, Ld.ª. Fundada no Calhariz [abriu primeiro como patisserie], em 1868, por Elie Bénard, passou a Pedro Bénard, Elias Bénard e ainda a Casimiro Bénard, transferindo-se para aqui no princípio do século XX, em substituição de outra fábrica de guloseimas, a Confeitaria Gratidão, de Manuel Antunes, que sucedera à firma V.ª Justo, especializada em frutas cristalizadas para exportação, e que se demorou de 1885 a 1891.
Entre 1838 e 1840 foi notória uma loja de ferragens, conhecida por Clube da Rolha, reunindo numeroso grupo de janotas, que, com a sua presença e animada conversação, afastavam muita freguesia. E, em 1873, data em que se inaugurou, o armazém de pianos, de G. Fontana
& C.ª foram estes os fornecedores de grande número de discípulos
dos melhores professores da época.
A Confeitaria Gratidão lembrará duas similares, de tempos muito distantes, que por estes lados se acoutaram, tornando-se conhecidas pelos nomes dos seus proprietários, o Batalha e o Vilas.
NB. O Hotel Borges não tem capitulo na história antiga da artéria, mas é de citar-se como o único Hotel que o chiado possui em 1939, visto que o Aliança, na esquina da Rua Nova da Trindade, desapareceu em 1936. [Araújo: 1939]
____________________________________________________Bibliografia
Illustração Portugueza, 9 de Novembro, 1914.
COSTA, Mário, O Chiado pitoresco e elegante, p. 276-277, 1987.
Ou me engano muito ou a Senhora que ocupa o canto inferior esquerdo da segunda fotografia está a falar ao telemóvel...
ReplyDeleteEstá ver o bâton... É o rimel....
DeleteThanks very nice blog!
ReplyDeleteTelemóvel???? A mim parece-me um espelho!!!
ReplyDeleteJulgo que a foto é dos anos 30 do século passado.
ReplyDeleteA brilhantina não engana.