A Rua do Norte, foi fixada na memória de Lisboa em data que se
desconhece, embora se possa presumir que seja do século XVI, altura em
que foram arruadas as terras do sítio para constituir o Bairro Alto de
São Roque. Aliás, Cristóvão Rodrigues de Oliveira no seu «Sumário:
Lisboa em 1551», já refere a Rua do Norte na então freguesia do Loreto
na sua «relação alfabética dos nomes das ruas, travessas, becos e outros
postos».
Rua do Norte [1960] Junto à Tv. do Poço da Cidade; ao fundo a Travessa da Queimada Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
O topónimo propriamente dito é uma orientação geográfica o que não será de estranhar num bairro que na época era muito habitado por marinheiros, como aliás está presente também no topónimo da rua paralela a esta: Rua das Gáveas.
A Adega do Machado, uma das catedrais do Fado, fundada em 1937,
com localização na zona mais alfacinha de Lisboa, o Bairro Alto. A
fachada iconográfica é da autoria do artista plástico Thomaz de Mello.
Rua do Norte, 100 [1960] Restaurante Típico Casa de Fado A Tipóia Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
N.B. O Norte, direcção fundamentada no sentido de rotação do planeta e o ponto zero dos quatro pontos cardeais serviu de georreferenciação de algumas de artérias de Lisboa e ainda hoje encontramos mais sete para além desta: a Rua do Norte e o Beco do Norte na freguesia de Carnide, a Travessa do Norte à Lapa na freguesia da Estrela, a Praça do Norte e a Circular Norte do Bairro da Encarnação, e no Parque das Nações, a Rua do Mar do Norte e a Rua do Pólo Norte. [cm-lisboa.pt]
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