No século XVI — recorda-nos Norberto de Araújo — o lado poente do actual bairro [da Lapa], que cai sobre a Pampulha, era de campos matizados de casas e arvoredos, onde aqui e ali afloravam pedreiras. Uma lapa, numa dessas rochas deu origem à «Lapa da Moura», designação oral, e documentada, que precedeu a de «Cova da Moura» ainda existente. A “«lapa» – à Pampulha, sítio mais antigo – subiu para Norte e Nascente até ao Mocambo e, deslocando a designação, firmou a Lapa de setecentos.
Em fundo, paredes meias com a Tapada das as Necessidades, espalmada entre muros, sobe a Calçada do mesmo nome, vendo-se, ao cimo desta, o palacete da Casa de Bragança no gaveto para a Rua do Borja; logo abaixo, entre a Calçada e o ramal do Aqueduto ou Galeria das Necessidades, o Vale da Cova da Moura — símbolos do passado que se foram para dar lugar a novos arruamento —, por onde corre actualmente a Avenida Infante Santo, construída na década de 1940 e que implicou a demolição parcial do referido aqueduto; na 1.ª imagem, em baixo à esquerda, na Travessa do Chafariz das Terras, junto à «Casa das Iscas» e adossado ao troço do Aqueduto das Águas Livres, vislumbra-se o Chafariz das Terras e o movimento de aguadeiros; do lado direito do ramal, encontramos a Rua do Pau da Bandeira, «dístico antigo e pitoresco» — diz Norberto de Araújo —, «cuja origem me escapa» e que comunica com a referida Travessa através de um dos arcos do aqueduto contíguo ao chafariz. (vd. 2ª foto).
Localizado na Tv. do Chafariz das Terras, à Cova da Moura, o Chafariz das Terras surge encostado ao Aqueduto das Águas Livres, sendo abastecido pela água proveniente da Galeria das Necessidades. De construção mais tardia, 1867, e por iniciativa camarária, tal como atesta a inscrição patente numa tabela quadrangular, de vértices chanfrados, existente na frontaria do chafariz, traduz uma solução mais simples e funcional em relação aos imponentes modelos de chafarizes abastecidos nos primeiros tempos de funcionamento do Aqueduto. Chafariz de planta rectangular, com um largo espaldar, cujo pano frontal surge delimitado lateralmente por cunhais coroados por pequenos coruchéus em pirâmide. A meio da cimalha ostenta as armas da cidade inscritas numa moldura circular e na base possui 2 tanques de recepção de águas diferenciados assentes sobre degraus. Uma porta lateral dá acesso ao interior da arca de água.
Sofreu melhoramentos em 1812, tinha em meados do século XIX, 2 bicas, 2 Companhias de Aguadeiros, 2 capatazes e cabos, 66 aguadeiros e 1 ligeiro.
Chafariz das Terras (ou de Buenos Ayres) [1947] Travessa do Chafariz das Terras Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VII-IX.
VELOSO DE ANDRADE, José Sérgio , Memória sobre Chafarizes, Bicas,
Fontes e Poços Públicos de Lisboa, Belém e muitos lugares do Termo.,
1851.
monumentos.pt; cm-lisboa.pt.
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