Eis uma fotografia deveras interessante e com mais de cem anos. Se o leitor observar atentamente, verá no canto inferior esquerdo, um troço da antiga «Avenida Dona Amélia»¹, actual Almirante Reis (já arborizada), que termina abruptamente no muro que circunda o «Convento e Igreja (Hospital) de Nossa Senhora da Conceição de Arroios»²; o seu prolongamento — paralelo ao casario da velha Estr. de Sacavém (actual Rua Quirino da Fonseca) — irá conduzir, anos mais tarde, à «Praça do Areeiro». Identificada pela letra "C" observa-se a antiga «Capela da Azinhaga das Freiras».
No local junto ao muro do hospital de Arroios nascerá a rotunda da «Praça do Chile»³, para a direita temos a «Rua Moraes Soares»⁴ e para a nossa esquerda o começo da «Rua António Pereira Carrilho»⁵ (troço da antiga Estrada da Circunvalação) na direcção do «Largo do Leão»⁶ — os edifícios assinalados com as letras "A" e "B" ainda existem.
Panorâmica do sítio de Arroios [c. 1919] Terrenos da Avenida Almirante Reis, vendo-se ao fundo, os torreões da praça de Touros do Campo Pequeno. Alberto Carlos Lima, in Lisboa de Antigamente |
Em último plano, podem ver-se os quatro torreões da «Praça de Touros do Campo Pequeno»⁷; à direita deste vêm-se as chaminés da antiga «Fábrica de Cerâmica Lusitânia»⁸ situada defronte do Palácio Távora Galveias na velhinha Estr. do Arco do Cego, localização actual do edifício-sede da Caixa Geral Depósitos e onde ainda se pode ver uma chaminé de um dos seus fornos.
Excelente trabalho de conhecimento toponímico.
ReplyDeleteAnabela S. Cardozo
Excelente descrição... Muito obrigado.
ReplyDeleteMuito interessante, que harmonia de paisagem urbana e rural.
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