Sunday, 23 April 2017

Largo dos Caminhos de Ferro: Museu Militar, antigo Museu de Artilharia

Vamos visitar o Museu de Artilharia, hoje intitulado, com mais propriedade, Museu Militar (...)

Já agora admira o formoso Pórtico poente nascente do edifício, verdadeiramente monumental, obra de Teixeira Lopes; anota a robustez e o movimento que distinguem o grupo escultórico superior, alegoria na qual avulta a figura da Pátria. É belo, posto que a muitos não pareça proporcionado. (Só foi concluído no começo do nosso século [XX]).


Museu Militar, fachada nascente [séc XIX]
Largo dos Caminhos de Ferro; Calçada do Forte
Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente

O primeiro Museu, de máquinas e peças militares, foi instituído em 1842 pelo general José Baptista da Silva Lopes, Barão de Monte Pedral (cujo nome depois de 1910 crismou a freguesia de Santa Engrácia), e estava instalado na citada Fábrica de Armas a Santa Clara, onde abriu em 1851.
Só em 1876 o Museu [chamado então de Artilharia] passou a ocupar parte deste edifício do Arsenal do Exército; era a casa, porém, insuficiente e estava velha.
Em 1895 promoverarn-se grandes obras, fazendo-se o prolongamento do edifício até ao Largo dos Caminhos de Ferro; [...]
Em princípios de 1901 as obras continuavam, recompondo-se a fachada do Largo do Caminho de Ferro, com majestoso pórtico de Teixeira Lopes [...]

Museu Militar, fachada nascente [c. 1908]
Largo dos Caminhos de Ferro; Pórtico da autoria de Teixeira Lopes
Alberto Carlos Lima, in Lisboa de Antigamente

A rematar a porta do Museu Militar, voltada para o Largo dos Caminhos de Ferro, surge uma alegoria à Pátria, representada por uma figura feminina, que empunha uma espada na mão direita e uma bandeira na mão esquerda, ladeada pelos filhos.
Obra da autoria de António Teixeira Lopes (filho), foi executada, em pedra, entre 1895 e 1908.

Museu Militar, fachada nascente [c. 1908]
Largo dos Caminhos de Ferro; Pórtico da autoria de Teixeira Lopes
Chaves Cruz, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XV, p. 13, 1939.
idem, Peregrinações em Lisboa, vol. X, p. 104, 1939.

2 comments:

  1. Excelente artigo, como já é hábito. Desconhecia que A zorra fazia parte do espólio do museu. Muito bom, parabéns.
    Luís Sepúlveda

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