A Rua de Angola, situada na Freguesia dos Anjos, é um topónimo atribuído por Edital Municipal de 19 de Junho de 1933, ao arruamento até aí designado por Rua E entre a Avenida Almirante Reis e o prolongamento da Rua Maria – Bairro das Colónias.
«Xarca (a)» Assim se chama ainda correntemente ao «Caminho do Forno do Tijolo», isto é, à depressão profunda de terreno entre a Graça e o Monte, em Lisboa. Do árabe Axacca (com r intercalado, Axarca (como em «alicerce, alferce», etc.) que significa «fenda», terreno despenhado e apertado, garganta entre colinas», nome que bem convém ao sítio. Como em outros casos, o a inicial tornou-se como o artigo feminino português e diz-se por isso a Xarca.”(LOPES e CASTELO-BRANCO, p- 1811968)
Particular à sua anterior designação “Caminho do Forno do Tijolo”, esta advém da existência de oficinas e fornos de telha e tijolo na área circundante, devido à riqueza dos terrenos em argila. Sobre os fornos de tijolo que emprestaram primeiro o seu nome ao sítio e depois a um caminho e a uma calçada (actual R. Maria da Fonte), diz o sr. José dos Arqueólogos Portugueses: «Se bem que, como dissemos, essa oficina e fornos, fossem muito antigos, só passaram a dar o nome ao sítio, a partir dos princípios do século XVIII; só dessa época por diante se começa a chamar Sítio do Forno do Tijolo, ao local onde se fabricava a telha e o tijolo e às terras próximas. Até então eram conhecidas vagamente por terras que ficavam ao Almocávar ou ao pé de N. Sr.ª do Monte. «Extintos os fornos e oficina, em meados do século XVIII, a sua memória perdurou no nome das ruas que, cá debaixo desde a Travessa do Maldonado, iam subindo até à Cruz dos Quatro Caminhos: Calçada e Caminho do Forno do Tijolo. Há uns quinze anos desapareceram estes nomes já tradicionais para serem substituídos pelos que agora se ostentam nas esquinas: R. Maria da Fonte e R. Angelina Vidal/R. do Forno do Tijolo (topónimo de 1954) ».
(MACEDO, Luiz Pastor de. Lisboa de lés-a-lés, 1940, pp. 110,111,112)
Rua do Forno do Tijolo |1964-02| No n.º 3, edifício apalaçado à esq., está sedeada a Casa Provincial das Servas de Maria Ministras dos Enfermos. Augusto J. Fernandes, in Lisboa de Antigamente |
Foram 21 anos a passar por aqui Fernando Neves
ReplyDeleteNa época da fotografia, o bairro onde vivi a partir dos 3 anos, pertencia aos moradores, hoje está quase completamente por conta dos alojamentos locais, alguns dos quais sobrelotados e sem condições.
ReplyDeleteApenas uma pequena observação/atualização. O lindíssimo palácio já não é a sede da Congregação das Servas de Maria. Foi vendido, tendo as muito queridas Irmãs que habitavam o mesmo regressado a Espanha. Obrigado pelo fantástico blog!
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