Poucas horas depois começam as varinas a aparecer, os pés descalços, as pernas nuas, roxas de frio, apregoando o carapau, a pescada marmota, a «salpicadinha da costa».
Que bellos corpos de varinas, alguns! E tão mal tratados pela intempérie, ao passo que outros muitos, bem menos esculpturaes por certo, dormem ainda afofados em brandos colchões de sumaúma...
(PIMENTEL, Alberto, Vida de Lisboa, p. 53, 1900)
Varinas na Ribeira Nova (Cais do Sodré) |1928| ...os pés descalços, as pernas nuas, roxas de frio... Estúdio Mário Novais, in FCG |
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