Queria começar a legenda deste jeito:
«Era uma vez uma cidade de mouras e valis...». E era.
Foi assim a Lisboa
sarracena que sucedeu à dos godos depois que se afogou no Guadalete a
estrela de D. Rodrigo. Lisboa era a Alcáçova, a Kssaba mourisca, ninho
de águias que fora romano e godo — o Castelo de hoje. [...]
E lá passa ainda, esgueirando-se, e bem se vê no seu albornoz alvadio, o derradeiro mouro, talvez o filho do vali, que logrou escapar-se ao primeiro dos cavaleiros cristãos, e há oitocentos anos, todas as noitinhas, espera que o vento lhe traga desde as almenaras africanas — a canção do almuadin.
E... «era uma vez uma cidade de mouras e valis...».
De acordo com o olisipógrafo Norberto de Araújo, tem o Castelo de S. Jorge — monumento nacional (séc. X) — sete portas: uma servindo a freguesia civil, outra dando acesso do exterior do bairro do Castelo ao «Passeio», três ligando a freguesia civil ao recinto monumental, e duas abrindo da antiga «Praça Nova» para o «Passeio». [vd. planta esquemática]
A Porta ou Portão, do Espírito Santo, situa-se no topo da Rua deste nome, já na Rua das Cozinhas, de perfil ogival e arestas chanfradas, rematado o arco por esfera armilar de D. Manuel, e em cujos muros laterais se rasgam, de um lado onze seteiras, e do outro dezassete, vendo-se, embebida no muro exterior, do lado esquerdo, uma pedra de armas reais do tempo de D. Afonso III [a primordial construção é árabe]; esta porta, com portão de ferro, conduz à antiga «Praça Nova», terreiro a Nascente do Castelejo, e está normalmente fechada.
Nesta plana a parle central, a branco, corresponde a lodo o
recinto do Monumento, incluindo as actuais explanadas, a antiga Cidadela ou Alcáçova, o Castelejo, marcado e traço grosso
negro, a muralha circundante marcada a traço mais fino, e a
zona do «Passeio», assinalado a verde. Siga-se o texto, referenciado por números e
por letras e círculos azuis.
— Porta de S. Jorge (A) [já falámos dela aqui]
— Porta de Santo André (B)
— Porta do Sul (C)
— Porta ou Portão, do Espírito Santo (D)
— Portão de Santa Cruz (E) [aqui]
— Porta do Norte (F)
— Porta de Martim Moniz (G) [já falámos dela aqui]
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Legendas de Lisboa, pp. 10-22, 1943.
ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa: Monumentos históricos, 1944.
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