Em Vias de Classificação, esta obra do arq. Miguel José Nogueira Júnior,
datada de 1921, foi construída num estreito lote triangular, de gaveto,
onde o acentuado desnível do terreno condicionou todo o projecto.
Desenvolvido em quatro pisos com a cobertura utilizável em terraço (das primeiras a ser construída na cidade), este edifício constitui
um exemplar de arquitectura civil residencial ecléctica, assim como
referência importante na introdução da modernidade em Portugal, pela
concretização de um projecto onde a ausência de ornamento é sabiamente
compensada através do jogo de luz e sombra proporcionado pela modelação
das massas e volumes.
Edifício da Casa dos Açores |1968| Rua dos Navegantes, 17-21; Travessa do Combro João Goulart, in Lisboa de Antigamente |
Por sua vez, as curvas suaves, mas maciças, dos volumes, remetem para os valores formais de uma Arte Nova tardia, onde pontuam das experiências da “casa portuguesa” à tradição “Beaux Arts”. Concebido originalmente como habitação unifamiliar, este imóvel viu, em 1983, o seu piso térreo ser individualizado e transformado em agência do Banco Comercial dos Açores, segundo projecto do arq. Manuel Rocha de Carvalho, destinando-se os restantes pisos superiores a acolher a Casa dos Açores.
Edifício da Casa dos Açores |1968|
Rua dos Navegantes, 17-21; Travessa do Combro
João Goulart, in Lisboa de Antigamente
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Um edifício que faz parte de toda história dos Açores!!
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