E chegámos à Igreja conventual de São Francisco de Paula, agora considerada, no seu todo, monumento nacional. Foi aqui o convento dos Religiosos Mínimos de S. Francisco de Paula, fundado em 1719 por Fr. Ascenso Vaquero, um leigo andaluz, e engrandecido. em 1753, por assistência de D. Mariana Vitória, Rainha, mulher de D. José I, cuja igreja quási totalmente se lhe deve. O Terramoto em pouco ou nada danificou Convento e templo. Quando da extinção das Ordens já os frades mínimos aqui não estavam desde 24 de Julho do ano anterior; a igreja não foi profanada, mas a casa conventual, nova quási em folha, foi vendida a particulares.
A fachada de S. Francisco de Paula, como vês, tem elegância e certa imponência decorativa; é obra do arquitecto Inácio Oliveira Bernardes, sendo as formosas torres devidas a Diogo Azzolini. Duas portas laterais conduzem por uma escada dupla, coberta e já integrada no edifício, até ao adro no qual se abre a porta da igreja; nos patins superiores da escadaria há dois nichos por banda, vazios, coroados por ática.
Igreja de São Francisco de Paula |c. 1860| Rua Presidente Arriaga¹ Amédée de Lemaire-Ternante, in Lisboa de Antigamente |
O interior, forrado de ricos materiais, contém o túmulo da rainha, mulher de Dom José. O túmulo da rainha Dona Mariana Vitória, esculpido por Machado de Castro e existente na igreja, está classificado como Monumento Nacional.
Túmulo da rainha Dona Mariana Vitória |
Nota(s):
¹ «Igreja de São Francisco de Paula» e não «Igreja de S. Paulo» como refere o arquivista do CPF. Infelizmente os dislates não se ficam por aqui, prossegue o dito cujo: «Nesta fotografia não estava ainda aberta a Rua Direita de S. Paulo ou a Travessa de S. Paulo. É possível ver as pessoas na varanda da casa ao lado, bem como um carro de bois à entrada da mesma». E o tuga paga ao incompetente funcionário e não bufa!
______________________________________________ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VIII pp. 57-58, 1938.
monumentos.pt.
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