Segundo Luís Pastor de Macedo, esta artéria foi a antiga Ladeira de Santo Amaro e homenageia João de Lemos Seixas Castelo Branco (1819 – 1890), formado em Direito pela Universidade de Coimbra que desempenhou várias comissões políticas junto de D. Miguel; dirigiu o jornal «A Nação» e enquanto escritor ajudou a fundar a revista «O Trovador», escreveu o livro em prosa «Serões da Aldeia» (1877) e assinou poesias de pendor ultra-romântico – reunidas no «Cancioneiro» (1858, 1859, 1866) e «Canções da Tarde» (1875) – sendo a mais conhecida a «Lua de Londres» que Eça de Queirós ridicularizou numa passagem de «Os Maias», onde é recitado de cor por «Eusebiozinho».
Em Lisboa, João de Lemos morou no Campo Grande.
Rua João de Lemos |1961| Escadinhas que ligam a Rua Luís de Camões à Calçada de Santo Amaro/Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
Desconhece-se a data de atribuição da Rua João de Lemos mas encontramos diversas escrituras de vendas de terreno que a referem nos anos de 1893 a 1899, assim como em 1908 encontramos compras de prédios para concluir as ruas João de Lemos e Gil Vicente e em 1909, está mencionada na Planta Topográfica de Lisboa de Júlio Silva Pinto e Alberto Correia de Sá.
Sabe-se que foi Rua de João de Lemos até um parecer da Comissão Municipal de Toponímia de 23/04/1954, homologado pelo presidente da edilidade lhe retirar a partícula «de». [cm-lisboa.pt]
Rua João de Lemos |1945| Escadinhas que ligam a Rua Luís de Camões à Calçada de Santo Amaro/Rua Gil Vicente; perspectiva tomada Rua Luís de Camões. Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente |
Quantas vezes subi e desci, essas escadas...
ReplyDeleteE o padeiro na distribuição do pão.
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