Existiu aqui, à entrada das Escadinhas — recorda o ilustre Norberto de Araújo — a paroquial de Santa Justa, uma das primeiras de Lisboa, fundada — crê-se — em 1166. A Igreja sofreu incêndio no dia seguinte ao do Terramoto. Pensou-se em construir outra neste local, precisamente onde se elevou depois esse prédio enorme, com os armazéns da Companhia do Papel do Prado [actual Pollux]; a paroquial instalou-se mal, numa parte logo edificada, mas as obras demoravam, veio o regime liberal (1833), e Santa Justa, paroquial, transitou para a Igreja de S. Domingos. Instalou-se então aqui um batalhão da Guarda Nacional de Lisboa, que durou até 1838; depois o edifício que, como igreja nunca se chegou a concluir, converteu-se em teatro, o «Teatro de D. Fernando», que existiu até 1860. Só depois se realizou a urbanização do local (1863-1864).
Escadinhas da Rua de Santa Justa |c. 1945| Escadinhas que ligam a Rua dos Fanqueiros à Rua da Madalena (ao cimo) Fernando Pozal, in Lisboa de Antigamente |
O que sobreviveu (até que a municipalidade se esforce em o apagar) — afirma, por seu lado, Mestre Castilho — é apenas o titulo do orago. O largo de Santa Justa, e as escadinhas ou travessa [Rua] de Santa Justa, são os últimos padrões que nos ficaram d'isso tudo!
Gosto sempre de saber e ver coisas de antanho.
ReplyDeleteObrigada, desconhecia.
ReplyDeletePasso lá todos os dias..
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