O moço de fretes ou moço de esquina, como também era conhecido, foi uma instituição de Lisboa. Normalmente eram homens oriundos da Galiza, embora entre eles se contassem muitos elementos das nossas Beiras.
- É preciso alguma coisa, senhor engenheiro ?
Dou-lhe as malas, digo-lhe que há ainda um caixote de livros a desembarcar.
- Então é dar-me a senhazinha, senhor engenheiro.
[Ferreira: 1960]
[Ferreira: 1960]
Moço de fretes |entre 1908 e 1914| Praça do Comércio, antigo Terreiro do Paço Charles Chusseau-Flaviens, Lisboa de Antigamente |
Arranjo as malas, e digo na casa onde estou que chamem um moço de fretes para mas levar á estação. Ignoro ainda que na América não existe o moço de fretes. O que há é a agência de fretes. Telefona-se para a agência, e diz-se: «Venha buscar uma mala, ou duas malas, ou a mobília toda da casa, á rua tal, número tantos... Se não há telefone, dependura-se á janela um letreiro dizendo: «Há frete».
[Mesquita; 1916]
Moço de fretes |1923| Praça D. João da Camara junto à Estação do Rossio Fotógrafo não identificado, Lisboa de Antigamente |
Virá daí a expressão "trabalhar como um galego"?
ReplyDeleteÉ o mais certo.
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