Este palacete, de discreta aparência, defronte da Biblioteca Nacional, quási ao começo da Rua Ivens, n.° 10 [actual Largo da Academia Nacional de Belas Artes], onde está instalada desde 1914 a Companhia de Moçambique, é uma edificação do século passado [XIX], que se distingue pela sumptuosidade de algumas salas — uma adornada de ricos espelhos e duas de boas pinturas-e ainda pela magnífica vista panorâmica que da sua fachada nascente se desfruta, sobre o rio e sobre a Baixa e Castelo.
Palácio dos Condes de Vimieiro [193-] Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 10 Ferreira da Cunha, in Lisboa de Antigamente |
Foi aqui, até ao Terramoto, o palácio dos Condes de Vimieiro, em casas que no século XVI pertenciam ao fidalgo Martim Afonso de Sousa, senhor de Alcoentre, do conselho de D. João III, que foi governador da Índia, avoengo dos Vimieiros, os quais, pelo titulo Faro, constituíam um ramo da Casa de Bragança; nesse palácio habitava em 1578 o Cardeal Rei, D. Henrique, e em Junho de 1579 nele reuniram as Côrtes.
O prédio pertence ao Visconde de Coruche [em 1039].
Palácio dos Condes de Vimieiro [1968] Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 10 Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XIII, pp. 22-23, 1939.
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