O Corpo de Marinheiros foi criado cm Agosto de 1854, começando poucos anos depois a erguer-se éste edifício, só concluído em 1865. Os terreiros para o seu Quartel não pertenciam ao Estado — segundo creio —, e teriam sido cedidos a titulo de doação perpétua, não podendo ter outro destino que não fõsse o de servir a aquartelamento da Armada. É, como se vê, urna coustrução trivial com dois andares, com corpos laterais que envolvem a parada norte, e um outro corpdcentral — em cujcs baixos foi a prisão dos marinheíros até o ano passado — , e que entesta a parada sul, debruçada sôbre o alto muro corrido da Avenida 24 de Julho e Rua do Tenente Valadim, que liga aquela avenida à Pampulha.
Quartel de Marinheiros (ao centro) [1932] Praça da Armada, antiga Rua do Arco a Alcântara (1888) Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
No terreno da parada do actual Quartel se erguia no século XVII, sôbre chão que pertencera ao Conde de Cantanhede, o Baluarte de Alcântara, começado a construir em 1650, e que obedecia a um plano de novas fortificações da cidade, que compreendia 32 dêsses fortins, e que não prosseguiu na execução. O Terramoto destruiu quási por completo êste Baluarte, que ocupava uma larga área sôbre o rio e sob Alcântara.
O Corpo dos Marinheiros foi afastado dêste edifício em 1918, e nunca mais para aqui voltou. No antigo quartel estão hoje [1939] instalados o Tribunal de Marinha, o Arquivo do Ministério da Marinha, a Secção de Reformados, a Assistência aos Tuberculosos da Armada, e a Banda da Marinha.
Quartel de Marinheiros (ao centro) [c. 1940] Panorâmica sobre a Avenida 24 de Julho, ao fundo vê-se o Palácio das Necessidades. Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. IX, p. 15, 1939.
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