Erigido na parte mais alta da Rua da Esperança, à direita de quem sobe, este convento foi primitivamente das religiosas recoletas de S. Bernardo, vulgo Bernardas.
Começou como recolhimento de mulheres penitentes, passando a convento em 1654.
A religião de S. Bernardo é tão antiga como a nacionalidade, embora até 1653 não houvesse descrição de nenhum convento de religiosas Bernardas Descalças.
Era, ness altura, Frei Vivaldo de Vasconcelos (Abade do convento de Nossa Senhora do Desterro), o único da Ordem de S. Bernardo que existia em Lisboa. E sabendo ele que havia um recolhimento de devotas que queriam servir a Deus, pensou em fundar um convento de monjas cistercienses, pelo que pediu licença a D. João lV, não o conseguindo.
A religião de S. Bernardo é tão antiga como a nacionalidade, embora até 1653 não houvesse descrição de nenhum convento de religiosas Bernardas Descalças.
Era, ness altura, Frei Vivaldo de Vasconcelos (Abade do convento de Nossa Senhora do Desterro), o único da Ordem de S. Bernardo que existia em Lisboa. E sabendo ele que havia um recolhimento de devotas que queriam servir a Deus, pensou em fundar um convento de monjas cistercienses, pelo que pediu licença a D. João lV, não o conseguindo.
Voltando à carga por intermédio de D. Luísa de Gusmão, conseguiu finalmente a licença. E aconteceu que, sentindo El-Rei formigueiros intensos num braço que muito o incomodavam havia dias, aquando da assinatura da licença achou-se de repente curado, o que interpretou que tivesse sido pelo despacho concedido, dando muitas Graças pela hora em que acedeu na rubrica.
Foi eleita Abadessa D. Antónia Moniz, com o nome de Soror Antónia do Espírito Santo, durante 12 anos.
Seguiu-se D. Francisca de Vasconcelos (Soror Francisca das Chagas) e depois D. Maria de Almeida (Maria do Sacramento).
Fechou-se a clausura em 1655, sendo a invocação da igreja e do convento em honra de Nossa Senhora da Nazaré.
Não teve desde o início padroeiro, nem rendas que suprissem as dedespesas necessárias, sendo preciso os dotes das religiosas para continuar as obras do convento.
Em 1706, era habitado por 55 monjas.
Tinha o cenóbio 6 dormitórios azulejados até grande altura e as celas eram todas azulejadas à volta, coisa que na época não acontecia na maioria dos outros conventos da cidade.
Ficou completamente destruído com o terramoto de 1755, indo as freiras abarracarem-se na cerca do convento da Esperança.
Seria mais tarde reedificado e transformado em casas de habitação para famílias pobres.
N.B. Tendo tido diferentes donos particulares durante quase século e meio, na sua igreja se instalou um cinema (1924) e uma oficina (década de 1950), tendo a restante área conventual sido maioritariamente ocupada por ocupação educacional (séc. XIX) e habitacional (desde o início do séc. XX). Depois de décadas a padecer de problemas de salubridade, sobrelotação e conservação, a Câmara Municipal de Lisboa adquire o imóvel em 1998, onde é instalado o Museu da Marioneta, mantendo-se simultaneamente a função habitacional.
_____________Bibliografia
CAEIRO, Baltazar José Mexia de Matos,, Os conventos de Lisboa, 1951.
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