Sunday, 21 January 2018

Igreja de S. Tiago (Santiago)

Esta Igreja de S. Tiago é dada como muito antiga, e alguns escritores fazem-na remontar ao século XIII (1220); seguramente se sabe que foi erecta, se não reedificada, em tempos de D. Afonso IV. (...) 

Na Capela-Mor, onde se guarda o Santíssimo, tem, aos cantos do fundo, duas imagens sobre mísulas: a de S. Tiago Maior e a de S. Martinho, esta oriunda do desaparecido templo, defronte do Limoeiro.

 

Igreja de Santiago |c. 1900|
Rua de Santiago, Igreja; Travessa de Santa Luzia; Largo do Contador-Mor
Fotógrafo não identificado,, in Lisboa de Antigamente

Fundada no séc. XII, segundo alguns autores, e objecto de modificações entre os sécs. XVI e XVIII, foi quase totalmente reedificada, a partir de 1773, em virtude de danos causados pelo terramoto, aproveitando alguns elementos construtivos anteriores, nomeadamente o pórtico maneirista de acesso à capela de Nossa Senhora-a-Franca

Igreja de Santiago |1961|
Rua de Santiago, Igreja; Travessa de Santa Luzia; Largo do Contador-Mor
Perspectiva tirada do Miradouro de Santa Luzia
Arnaldo Madureira,, in Lisboa de Antigamente

Classificada como Imóvel de Interesse Público, apresenta fachada orientada a poente, de linhas simples, rasgada por portal emoldurado a cantaria, coroado por frontão triangular, cujo tímpano apresenta um baixo-relevo dos atributos de S. Tiago, orago do templo, e por janelão sobreposto, a qual surge rematada por frontão em arco contracurvado, decorado com aletas. Adossada ao lado direito ergue-se uma torre sineira, coroada por coruchéu.
No interior, de nave única, destacam-se a talha joanina, o património azulejar oitocentista e várias telas.

Igreja de Santiago |entre 1926 e 1936|
Rua de Santiago, Igreja; Travessa de Santa Luzia; Largo do Contador-Mor
António Passaporte (Colecção Loty), in Lisboa de Antigamente

A Capela de  Nossa Senhora A Franca, lateral, constituindo como que  uma  nave independente do lado da Epístola, mas fora do  corpo da  nave  da  igreja, e que  ocupa, em  comprimento, um  espaço igual ao desta; e  nela:
O grande altar, fronteiro ao arco da entrada, todo  guarnecido de  rica talha dourada, com exuberante ornamentação de colunas envolvidas de  estilização, nichos, sacrário e  coroação de anjos, tudo  em boa escultura de  madeira, vendo-se em camarim  de  fundo a  imagem de  Nossa Senhora A  Franca ou do  Rosário, e  em  nichos as de  Sant'Ana  e  S. Joaquim; guarnição de silhares de  azulejos representando, em cinco painéis, os  «Mistérios da  Virgem»; o tecto,  com  cúpula central oval, e  dois  tramos  laterais, redondos, em estuque; dois quadros a  óleo, representando cenas da Vida de  Nossa Senhora.

Igreja de Santiago, Capela de Nossa Senhora A Franca |c. 1955|
A capela de Nossa Senhora A Franca, cuja confraria dos Cerieiros remontava a
1576, é a dependência mais antiga do templo, mas não parece ser de construção 
quinhentista. A igreja beneficiou de restauros de conservação em 1838.
Fotógrafo não identificado, in Inventário de Lisboa

Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. II, p. 61, 1938.
ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa: Monumentos histórico, pp. 29-30, 1950.

7 comments:

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