Friday, 12 April 2024

Praça do Príncipe Real: a Patriarcal e a Praça do Rio de Janeiro

Foi sítio das «Obras do Conde de Tarouca», das «Casas do Conde de Tarouca» e das «Terras do Conde de Tarouca» (anteriormente a 1755); «Patriarcal Queimada» e «Largo das Pedras» (depois de 1769); «Obras do Erário Novo» (em 1810), «Erário Régio» (em 1813), «Covas da Patriarcal» e «Pedras da Patriarcal» (à roda de 1820); «Caboucos do Erário» (entre 1825 e 1849), «Praça do Príncipe Real» (em 1855, embora o edital camarário se publicasse em 1 de Setembro de 1859) e «Praça do Rio de Janeiro» (em 1910, edital de 5 de Novembro).

Praça do Príncipe Real: a Patriarcal e a Praça do Rio de Janeiro |entre 1908 e 1914|
Junto à Cç. da Patriarcal; ao fundo vê-se a embocadura da Rua da Escola Politécnica.
Destaque para o empedrado artístico no passeio em frente ao n.º 27. moradia (rés-do-chão e 2 andares), da riquíssima família Sommer. O seu primeiro proprietário foi José Ribeiro da Cunha, que aí viveu enquanto não lhe aprontaram o «prédio dos torreões».
Charles Chusseau-Flaviens, in Lisboa de Antigamente

As «Manas Perliquitetes», duas curiosíssimas figuras da Lisboa pacata século XIX, que moravam à Escola Politécnica, também deambularam pelo jardim e procuravam este lugar romântico, a cismar com o Amor, à espera dos seus cavaleiros andantes, que nunca se prostraram a seus pés. Mestre Matos Sequeira ainda conheceu estas celebridades de pitoresca excentricidade e a seu modo escreveu uma curiosa crónica, em que expande, com o maior interesse, a vida caricata das inofensivas manas, Carolina Amália e Josefina Adelaide Brandi Guido, descendentes de duas famílias de duas famílias de origem italiana, e que não puderam furtar-se ao lápis humorístico de Bordalo Pinheiro e à graça satírica das «revistas» da época. [Costa, Mário, 1959]

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