O Desfiladeiro de Carriche, denominação já do tempo da ocupação romana, deu lugar à Calçada de Carriche, topónimo derivado de pedra qualquer que seja a sua origem e no século XX até mereceu honra de ser o título de um poema de António Gedeão, de 1958.
Daí a três quartos de hora, já com os Crespos arrumados em cima de nós, água no radiador, o tanque cheio de gasolina, e uma decisão tremenda de irmos assim até ao Porto, até Paredes, até o cabo do mundo — já ao fundo da Calçada de Carriche, a dona Alzira dá um grito! Os freios guincham, pula o carro, e "que foi? que foi?" — a dona Alzira tem dúvidas pálidas, inquietações, terrores, crava-me as unhas todas num braço: não sabe se deixou o gás apagado e o contador fechado!(MIGUÉIS, José Rodrigues, Léah E Outras Histórias, 1958)
Calçada de Carriche |1961| Posto de abastecimento de combustíveis Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
Sempre o conheci como "desfiladeiro", embora muito mais tarde.
ReplyDeleteQue bem me lembro bem destas estacoes de serviço. Obrigado pelas fotos..
ReplyDeleteLuísa sobe, sobe a calçada, sobe e não pode que vai cansada...
ReplyDeleteAndei por aqui durante 27 anos e quando tive o primeiro carro , um MG ,subia a dita sempre a abrir.
ReplyDelete
ReplyDeleteBonitas fotos e óptimo e didáctico texto.
O meu Pai abastecia nesta bomba.
ReplyDeletePerdurou assim muito tempo.
ReplyDelete