Inaugurado em 1788, foram responsáveis pela obra Reinaldo Manuel dos Santos e Francisco António Ferreira Cangalhas, que o conceberam segundo o programa neoclássico. Chafariz de espaldar, insere-se num pano de parede côncavo com embasamento cal- cário com bancos. O corpo do chafariz apresenta-se enquadrado por duas portas de emolduramento simples, e pano de muro em cantaria de calcário dividido em três módulos.
O central, mais alto, exibe tabela com o brasão de D. Maria I encimado por frontão. Adossado à zona inferior da fachada principal encontra-se o tanque com duas bicas. No alçado posterior observa-se a caixa cúbica do depósito, com cobertura piramidal.
Pela Resolução de 29 de Dezembro de 1779, e Alvará de 19 de Julho de 1786, se concederam os sobejos
para a Quinta do Desembargador Manuel Ignacio de Moura.
N.B. Junto à extremidade da ala lateral direita, encontra-se um marco quilométrico tendo inscrito "LISBOA 8 Km". Na proximidade ergue-se a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, com cruzeiro no adro.
Nota(a): Em 1758, Benfica tinha 805 vizinhos e 3960 pessoas; todos os domingos do mês de Maio realizava-se, junto do Convento de São Domingos de Benfica, uma feira livre; tinha duas fontes, uma no Convento de São Domingos e outra na Quinta de Santo Eloy; Em 1778, a Junta das Águas Livres mandou construir um sistema de canalização para abastecer o futuro chafariz de Benfica.
Bibliografia
ALMEIDA, Álvaro Duarte de, Portugal património, 2007.
VELOSO DE ANDRADE, José Sérgio , Memória sobre Chafarizes, Bicas,
Fontes e Poços Públicos de Lisboa, Belém e muitos lugares do Termo.,
1851.
Obrigado por me fazer relembrar os locais da minha juventude.
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