Situa-se este palácio na Rua da Escola Politécnica, 141-155 — em terrenos da vasta Quinta dos Soares da Cotovia (ou Pombal), conhecida desde o século XVI, aforados a D. Rodrigo de Noronha. Primeiro da família Rebelo, depois dos Condes de Seia é das peças mais qualificadas na arquitectura residencial portuguesa do século XVIII, havendo no 1.º andar cinco magníficas salas com silhares de azulejos do Rato.
Edificado na 2ª metade do séc. XVIII, (1760/61), pelo rico comerciante lisboeta Rebelo de Andrade, manteve-se na sua família até 1805. Após esta data teve vários proprietários, entre os quais os condes de Seia e D. Vasco Sequeira Bramão, cujos nomes ficaram ligados ao palácio. De arquitecto desconhecido, desenvolve-se em planta quadrangular e 3 pisos, consequência dos acrescentos de que foi objecto no séc. XIX, construção do 2º andar e da ala E. que o ligou ao edifício da Imprensa Nacional.
Palácio Rebelo de Andrade (Ceia-Bramão) |1968| Rua da Escola Politécnica, 141-155; Rua do Noronha, 4; Rua do Arco a São Mamede, 48-56Também conhecido pela designação Casa de D. Vasco Bramão seu possuidor, desde 1904, até meado do século XX. No segundo andar morou o ilustre professor e clinico dr . Sousa Martins. Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
A fachada principal caracterizada pela sobriedade de linhas, surge delimitada, lateralmente, por cunhais de cantaria e, no corpo central, por pilastras seccionadas, onde se evidencia o portal conjugado com a janela de sacada do andar nobre, aberta para uma varanda em ferro forjado trabalhado. Apresenta, ainda, janelas de gosto rococó e platibanda destacada.
No interior merece destaque a escadaria nobre, centralizada, setecentista e barroca, para além dos azulejos e estuques que ornamentam os vários salões. Classificado como Imóvel de Interesse Público, acolhe, desde a década de 80 do séc. XX, a Universidade Aberta, estabelecimento oficial de ensino superior dirigido a adultos, que utiliza meios didácticos mediatizados.
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de Araújo, Legendas de Lisboa, pp. 60-61, 1943.
Guia de Portugal: Generalidades. Lisboa e arredores, p. 333, Fundação Gulbenkian, 2014.
lisboa.pt.
acasasenhorial.org.
Lindíssimo.
ReplyDeleteLição de história concluída. Muito obrigada.
ReplyDeleteManuela Marques