Segundo o olisipógrafo Norberto de Araújo, o sítio de São Paulo «Foi de seu princípio ribeirinho, sítio mercadejador, piedoso e turbulento. É coevo do Cata-que-farás e dos Remolares, vizinho actual da Ribeira Nova. [...] Remonta ao quinhentismo, extramuros. Em 1550 não contava como freguesia; existia como formigueiro de mareantes. [...]
Em 1742 começa a designação de Bairro dos Remolares, e nele estão S. Paulo e Mártires; em 1820 subsiste o bairro dos Remolares com a freguesia de S . Paulo. E faz agora [em 1939] aproximadamente um século que S. Paulo pertencia ao bairro do Rossio, para em 1852 pertencer a Alcântara.
Praça de São Paulo, poente [entre 1901 e 1910] Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
As voltas que a divisão administrativa dá! Finalmente, em 1867, é freguesia civil independente, com três paróquias eclesiásticas: S. Paulo, Mercês e Santa Catarina, para em 1885 deixar de ser a sede civil, que passou para Santa Catarina. Hoje é a freguesia civil do Marquês de Pombal [actualmente pertence à freg. da Misericórdia], qualificação post-República, por ter sido o Marquês quem reconstruiu o bairro, e nele foi importante senhorio. [Araújo; XIII, 1939]
Praça de São Paulo, sul [1935-03-13] Chafariz de São Paulo Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Excelente blogue, estou sempre a aprender...Parabéns e obrigado.
ReplyDeleteNa mesma zona de Lisboa, onde morava minha avó.
ReplyDeleteAlfredo Romães
A esquerda as lojas onde vendiam fatos gabardinas etc á direita Rua da Boavista.
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