O olisipógrafo Luís Pastor de Macedo na sua Lisboa de Lés a Lés, defende que uma azinhaga existente em 1510 perto do lagar de azeite de Pero Lopes do Carvalhal «tem todas as possibilidades de ser a antecessora da citada rua. (...) Com respeito ao caminho da Carreirinha, forma por que foi designada primitivamente a rua de que nos ocupamos ela reaparece em 1738, continuando depois a ser usada durante algumas dezenas de anos» e observa que «no século XVIII o nome de Carreirinha é aplicado ao mesmo tempo que se aplica os de rua da Graça, rua Nova da Graça, rua da Graça atrás dos Lagares e rua detrás dos Lagares, circunstância que pode levar a supor-se que a serventia estivesse talvez dividida em duas denominações, pelo menos.» para concluir que «Esta rua é a antiga Carreirinha, a rua do Lagar das Olarias dos meados do século XVI, e a actual rua dos Lagares.§
(MACEDO, Luís Pastor de, Lisboa De Lés-a-Lés, vol. III, 1940-1943)
Rua dos Lagares [c. 1900] À esquerda, a Calçada do Monte e, à direita, o Largo das Olarias; ao fundo, a torre sineira do Convento da Graça. Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
Por seu lado, Norberto de Araújo diz que «a Rua dos Lagares — que foi nos séculos velhos «Rua por trás dos Lagares» — , muito calma, a mais grave do sítio, e cujo lado direito, sobre o Largo das Olarias, acusa aspecto mais antigo. Encosta pelo lado oposto ao que foi a Cerca dos frades da Graça, e cujo terreno em parte ainda é pertença do Quartel da Graça, que herdou o Convento.§
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VIII, p. 33, 1938)
Rua dos Lagares, 14 [c. 1900] Topónimo fixado na memória da cidade em data que se desconhece e por terem aí existido uns lagares de azeite. Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
No comments:
Post a Comment