O Dr. Barata Salgueiro, em 1882, — diz Norberto de Araújo — doou ao Município uma parcela de terreno para fundação de uma grande escola destinada a 3.000 crianças.
A Escola nunca se fêz, e a Câmara, abusivamente quanto a nós, pôs os terrenos em praça em 1903, e os chãos doados foram retalhados para edificações, escapando um pedaço que foi mais tarde cedido à Sociedade Nacional de Belas Artes [1901]. É êste onde assentou o edifício da Sociedade, com frente à Rua Barata Salgueiro, e cujo arquitecto foi Álvaro Machado. Não se construiu o edifício sem que os herdeiros de Barata Salgueiro protestassem perante os tribunais, chegando a ganhar a sua causa no Tribunal da Relação (1912).
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XIV, p. 41, 1939)
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