No local onde onde hoje está instalada uma loja de moda— recorda Mário Costa — existiram anteriormente três camisarias: de António Carneiro, de F. G. Coutinho e de Jacinto Bastos da Silva, esta denominada High-Life, também com chapelaria. O estabelecimento com os números 96-98 [da Rua Garrett], tem outra frente para a Rua de Serpa Pinto, n.° 42, e, quando se denominava Camisaria Borges, de Borges & Carneiro, gozou de fama pelo seu grande sortimento de «Rouparia e fazendas brancas — Enxovais para casamentos e baptizados».
Seguiu-se António Carneiro. E, na Camisaria Coutinho, já conhecida em recuados tempos, em Novembro de 1872 «faziam
sensação duas riquíssimas camisas para senhora, destinadas a uma noiva
brasileira, avaliadas, respectivamente, em 30$000 e 40$000 réis».
Guarda nas suas entranhas a história do Café do Toscano, que em 1826 pertencia a Domingos Daddi, e, em 1844, a José Marrare, sobrinho do célebre botequineiro.
Camisaria High Life [1917] Rua Garrett, 96-98; Rua de Serpa Pinto, 42 (antiga Nova dos Mártires Legenda da foto no abandalhado amL: «Venda da Flor a favor das vítimas da 1ª Grande Guerra(1914-1918)» Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
COSTA, Mário, O Chiado pitoresco e elegante, p. 276, 1987.
Sabe que flor era essa que vendiam? Seria uma papoila, como se faz ainda actualmente no RU?
ReplyDeleteEram flores artificiais. https://lisboadeantigamente.blogspot.com/2015/06/feira-do-sorriso-e-das-flores.html
DeleteDesculpe o autor mas não sei de outro meio para lhe fazer chegar a questão: não será antes "Lojas de antanho" o nome pretendido para a publicação? Provavelmente por traição do teclado, ficou "Lolas".
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