Do palácio seiscentista original apenas resta a fachada, onde se destaca o portal de cantaria, de gosto tardo-barroco, com volutas que enquadram um pequeno entablamento com um escudo em alto-relevo.
O Palácio primitivo pertenceu no século XVI ao Doutor Damião de Aguiar Ribeiro — recorda-nos o olisipógrafo Norberto de Araújo — , conselheiro de El-Rei e desembargador do Paço, vereador que foi de Lisboa, e que se bandeou com os espanhóis, como tantos. Passou o solar mais tarde, no século XVIII para os descendentes de Manuel Lopes de Lavre ou «Lavra» um dos quais veio a entroncar na Casa dos Morgados de Oliveira, antepassados dos Marqueses de Rio Maior.
Palácio Lavre ou «Lavra» [1933] Antiga Escola Nacional Rua de São José, 10; Calçada do Lavra, 1-3 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
A propriedade foi à praça em 1800, sendo reedificada. Nela está instalada, desde 1869, a magnifica Escola Nacional, fundada pelo professor Barros Proença, e que funcionou, nos primeiros meses, no Palácio [Foz] então Castelo Melhor, aos Restauradores.
De Manuel Lopes Lavre, de que falei, resultou para esta rampa, caminho de Sant'Ana, a designação de Calçada do Lavra, que sucedeu à de Calçada de Damião Aguiar, nome do primeiro dono do palácio referido.[vd. 2ª foto]
O Ascensor do Lavra, obra de Raúl Mesnier [Du Ponsard], foi inaugurado em Abril de 1884.¹
Palácio Lavre ou «Lavra» [1960] Rua de São José, 10; Calçada do Lavra, 1-3 Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
¹ ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa,, vol. XIV, pp. 96-97, 1939.
Aw, this was a very nice post. Taking the time and actual
ReplyDeleteeffort to make a superb article… but what can I say… I put things off a
lot and never seem to get nearly anything done.