Já agora deixa-me apontar-te um curioso prédio — diz Norberto de Araújo — , este defronte do Palácio Palmela, que faz ângulo para a Rua das Chagas, pela qual tem suas entradas.
Setecentista — é o que por aqui conserva o seu aspecto exterior mais antigo. Já existia quando do Terramoto, e sofreu dano, embora não fosse tomado por incêndio.
O Palácio Sandomil, que defronta os velhos palácios — os Calhariz-Palmela e Sobral — conserva melhor a sua definição primitiva: pertencendo, no início, aos Barros Cardoso, passou para a Misericórdia de Lisboa que, antes de 1755, o vendeu ao conde de Sandomil. Depois de 1755, foi possuído pela família Barreto e, depois, por Joaquim Pires, capitalista. É constituído por dois pavimentos com janelas de varanda no andar nobre (onde esteve instalado o «Club dos Cem à Hora»). Possui salas com tectos apainelados «de formoso sentido mitológico», obra provável de Pedro Alexandrino.
Palácio Sandomil (ou das Chagas) [c. 1960] Largo do Calhariz, 1-4; Rua das Chagas, 35-47 Estúdio Horácio Novais, in Lisboa de Antigamente |
Revestido de alguns panos de azulejos, e com pormenores interessantíssimos, o velho solar de setecentos pouco castigado de obras
desfiguradoras, é um exemplar curioso, embora modesto de aparência
exterior, das casas do Loreto do século XVIII — remata o olisipógrafo Norberto de Araújo.
__________________________________________________________________Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. V, p.24, 1938.
RODRIGUES, Maria João Madeira, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. 5, p. 23, 1975.
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