Como já te acentuei — diz Norberto de Araújo —, o Rossio do lado oriental tem uma fisionomia, e
até um movimento, em tudo diverso da do lado oposto. Forçando um pedaço a
nota — confesso — dir-se-á que persiste aqui a tradição das tendas e
lojas das arcarias sob o Hospital de Todos-os-Santos, e isto mais se
acentua no último quarteirão que vamos percorrer, passada que seja a
embocadura da Rua do Amparo.
Quero dizer-te já que nesta Rua do
Amparo, precisamente no cruzamento com a Rua dos Correeiros (troço
antigo da Rua das Galinheiras), e no eixo da rua, existiu a Ermida de N.
Senhora do Amparo, dependente do Hospital de Todos-os-Santos, e
desaparecida em 1755; dela adveio o nome a esta artéria. (...)
Rua do Amparo [entre 1910 e 1920]
À esquerda, a antiga loja de
ferragens Viúva Thiago da Silva (1850) e o Hotel Continental; à
direita a Casa Suissa, nome de 1910, à data da foto um estabelecimento de fazendas e retrosaria.
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente
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N.B. Até ao Edital da CML de 28/8/1950, a Rua do Amparo estendia-se da Praça D. Pedro IV (vulgo Rossio) à Rua do Arco do Marquês de Alegrete (Poço do Borratém); a partir desta data, este arruamento ficou limitado pelas Praças de D. Pedro e da Figueira.
Rua do Amparo [c. 1920] Vista tomada da actual Pç. da Figueira para a Pç. D. Pedro IV.
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
¹ ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, pp. 77-78, 1939.
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