Wednesday, 18 April 2018

Um eléctrico na Rua do Amparo

Como já te acentuei — diz Norberto de Araújo, o Rossio do lado oriental tem uma fisionomia, e até um movimento, em tudo diverso da do lado oposto. Forçando um pedaço a notaconfessodir-se-á que persiste aqui a tradição das tendas e lojas das arcarias sob o Hospital de Todos-os-Santos, e isto mais se acentua no último quarteirão que vamos percorrer, passada que seja a embocadura da Rua do Amparo.
Quero dizer-te já que nesta Rua do Amparo, precisamente no cruzamento com a Rua dos Correeiros (troço antigo da Rua das Galinheiras), e no eixo da rua, existiu a Ermida de N. Senhora do Amparo, dependente do Hospital de Todos-os-Santos, e desaparecida em 1755; dela adveio o nome a esta artéria. (...)

Rua do Amparo [entre 1910 e 1920]
À esquerda, a antiga loja de ferragens Viúva Thiago da Silva (1850) e o Hotel Continental; à direita a Casa Suissa, nome de 1910, à data da foto um estabelecimento de fazendas e retrosaria.
 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

N.B.  Até ao Edital da CML de 28/8/1950, a Rua do Amparo estendia-se da Praça D. Pedro IV (vulgo Rossio) à Rua do Arco do Marquês de Alegrete (Poço do Borratém); a partir desta data, este arruamento ficou limitado pelas Praças de D. Pedro e da Figueira.
 
Rua do Amparo [c. 1920]
Vista tomada da actual Pç. da Figueira para a Pç. D. Pedro IV.
 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
¹ ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, pp. 77-78, 1939.

3 comments:

  1. It's remarkable to pay a visit this web page and reading the views of all mates
    concerning this post, while I am also keen of getting experience.

    ReplyDelete
  2. What's up mates, its wonderful article concerning educationand entirely defined,
    keep it up all the time.

    ReplyDelete
  3. Hi! Would you mind if I share your blog with my myspace group?
    There's a lot of people that I think would really enjoy your content.
    Please let me know. Thanks

    ReplyDelete

Web Analytics