Com entrada pela escada n.º 259 — lê-se em A Capital de 1916 — cujo átrio foi há pouco transformado em montra, existe um prédio que essa escada serve a primeira fabrica de chapeus para senhora. que até hoje se tem fundado em Lisboa. O Jayme Pinto tem a gloria de ter sido, senão o iniciador d'essa nova industria, pelos menos o seu transformador. Todo o seu empenho intelligente tem consistido em radicar no espírito da sua clientela o principio de que nenhuma senhora deve contentar-se com os modelos que lhe apresentam quando pretende adquirir um chapeu. Compete-lhe crear uma moda para seu uso, dentro da moda geral.
Fábrica de chapéus Jayme Pinto |c. 1920| Rua Áurea, 255-259: Rua de Santa Justa (actual Torres Joalheiros) Postal ilustrado, in Lisboa de Antigamente |
E assim, quando se encontrar diante do fornecedor, ella deve levar já traçado na sua mente o feitio do chapeu que lhe serve e fazel-o executar. Comprehendendo-se, facilmente, quanto esta doutrina estética contribue para apurar o gosto das senhoras e para dar uma maior expansão à industria da especialidade. A exportação de chapeus que o Jayme Pinto faz para todo o Paiz, é já importantíssima, sendo manifesta a tendencia que ella acusa para se desenvolver. Com cerca de 100 operarias, trabalha só mechaanicamente por electricidade.==
Fábrica de chapéus Jayme Pinto |s.d.| Rua Áurea, 255-259: Rua de Santa Justa (actual Torres Joalheiros) Fotografia anónima |
N.B. O Marco Postal que se observa na 1ª imagem — um dos primeiros a ser colocado nas ruas da capital — é um modelo de 1895. Cilíndrico, em ferro fundido e fabricado em Portugal, era semelhante ao dos marcos que foram instalados em Lisboa, em 1882, e que mereceram um artigo na Revista “O Occidente”, no seu número do mês de Novembro. Nesse artigo relata-se a existência em algumas praças de “...Marcos de ferro, pintados de vermelho, muito vistosos com uma uma fenda horizontal na parte superior, por baixo da fenda uma porta fechando com segurança e por meio de chave, e um pequeno quadro indicando as horas das tiragens das correpondencias.”
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Bibliografia
A Capital diário republicano da noite, 1916
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Bibliografia
A Capital diário republicano da noite, 1916
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