As primeiras dessas popularíssimas quitandas, que são de origem oriental, e se destinam normalmente à venda de tabacos, refrescos, jornais, revistas e lotarias, foi em Janeiro de 1869 que tiveram a aprovação do Município, a instâncias de Tomás de Melo, uma curiosa figura da Lisboa de ontem, associado com Porto Miguéis.
De entre todos os Kioskes alfacinhas, teve um sombrio destaque o que se situou em freme à Calçada do Carmo, ponto preferido para a reunião de anarquistas e outros políticos avançados, em combinações revolucionárias.¹
Quiosque dos Libertários [entre 1908 e 1914] Praça D. Pedro IV (vulgo Rossio) Charles Chusseau-Flaviens, in Lisboa de Antigamente |
Segundo parece, foi o primeiro Quiosque a aparecer em Lisboa. Chamavam-lhe o «Elegante». O povo conhecia-o com o nome de «A Bóia».
Era um ponto de encontro e reunião de progressistas, cujo movimento
sindicalista se radicalizava, e por isso mesmo era também conhecido por «Quiosque dos Libertários».
O povo incendiou-o em 1913, aquando de um cortejo em honra de Camões
integrado nas «Festas da Cidade», após o rebentamento de uma bomba
lançada da ponte do Elevador do Carmo sobre a turba incorporada no
cortejo. O
atentado, imputado aos anarquistas, serviu de pretexto para a detenção
de militantes sindicalistas e para o encerramento da Casa Sindical.²
Incendio do quiosque dos Libertários [1913-06-10] Praça D. Pedro IV (vulgo Rossio) António Novais, in Lisboa de Antigamente |
Foi reconstruido e explorado por novo dono, João Dionísio da Silva Gama, que foi sócio da firma Gama & Silva, estabelecida como tabacaria na Praça de D. Pedro, n.° 36, que ficava quase em frente do quiosque, na antiga escada do prédio que foi adquirido pela sociedade do Café Chave de Ouro. ¹
Estrutura
Base de alvenaria. Secção hexagonal. Corpo de madeira, com janelas para todos os lados, envidraçadas. Cúpula hexagonal muito baixa. Toldo de lona.
Particularidades
Particular.
Quiosque dos Libertários [entre 1908 e 1911] Praça D. Pedro IV (vulgo Rossio) Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
¹ Revista municipal Lisboa, 1959.
² CAEIRO, Baltazar Mexia de Matos, Os quiosques de Lisboa, p. 51, 1987.
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