A Rua Augusta foi destinada, de seu começo, aos mercadores
de tecidos de seda e de lanifícios, e cinco anos depois do Terramoto
era já citada; foi das mais apressadas em fazer-se «cidade», pois onze
anos depois do cataclismo já possuía trinta e um prédios, e dez anos
acrescentados as suas edificações perfaziam o número de cinquenta e
três.
Este pormenor — que devemos a Luiz Pastor de Macedo,
investigador conscienciosíssimo, e especialista na complexa matéria da
história das ruas de Lisboa — dá-nos bem a impressão do quadro evolutivo
da nova Baixa, terraplanada que foi a ruína imensa que o Terramoto
provocou.
Esta Rua Augusta — menos do que a Rua do Ouro se tem
modernizado; menos pombalina que a Rua da Prata, e sobretudo do que as
dos Douradores e Fanqueiros, a sua fisionomia transpira o jeito da
transição de setecentos para oitocentos. Se a olhares, em perspectiva,
aos domingos ao fim da tarde, quando ela vai deserta, e se pelo poder da
imaginação lhe puseres no meio uma traquitana e suspensos das paredes
dois candeeiros de cegonha — terás Lisboa do tempo dos franceses.==
Rua (da) Augusta (Figura do Rei) [1911] Cortejo comemorativo da proclamação da República. Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, pp. 47-48, 1939.
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