O dia 1 de Dezembro de 1954 é a data que assinala um dos maiores feitos da história benfiquista — a inauguração do Estádio do Sport Lisboa e Benfica, popularmente conhecido por Estádio da Luz.
Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força
Sabia a contenção e era explosão
Não era só instinto era ciência
Magia e teoria já só prática
Havia nele a arte e a inteligência
Do puro e sua matemática
Buscava o golo mais que golo – só palavra
Abstracção ponto no espaço teorema
Despido do supérfluo rematava
E então não era golo – era poema.
("Eusébio"por Manuel Alegre)
A elaboração do projecto do "Novo Parque de Jogos" foi entregue ao arquitecto João Simões, antigo futebolista do Clube, nas categorias inferiores, entre 1925/26 e 1929/30, que teve a sabedoria de conceber um conjunto de recintos desportivos magnífico para o estádio principal e para os espaços desportivos envolventes, uma obra arquitectónica notável, que, apesar de concluída apenas 40 anos depois, seguiu as "linhas gerais" definidas em finais dos anos 40 por João Simões, o que enaltece a genialidade do projecto inicial.
Finalmente, às 11 horas do dia 1 de Dezembro de 1954, o emocionado líder do Clube, e maior responsável pela passagem do sonho à realidade, Joaquim Ferreira Bogalho, abre simbolicamente uma das portas de acesso ao Estádio, inaugurando um dos mais belos recintos desportivos do mundo. O Recinto viria a acompanhar o futuro crescimento desportivo e associativo do Clube. Originalmente com "dois anéis", sem iluminação e isolado, seria mais tarde dotado de torres de iluminação (1958), de um 3º anel construído em duas fases (1960 e 1985, permitindo aumentar a sua lotação para 70 000 e 120.000 pessoas, respectivamente) e de inúmeras infraestruturas desportivas à sua volta. A 04/01/1987, por ocasião da 15.ª jornada do Campeonato Nacional de 1986/87, frente ao FC Porto, o Estádio da Luz registaria a maior assistência de sempre: 135 000 pessoas!
Estádio da Luz [1962] Perspectiva tomada da 2-ª Circular (em construção) Já dotado de torres de iluminação (1958) e de um 3º anel (1.ª fase). João Goulart, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
(slbenfica.pt)
Impressionante, o "timing" desta publicação no blog. Muito bem.
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