Palácio setecentista(?), casa nobre dos Condes de Ficalho, um edifício enorme, de largas janelas, pintado de cor-de-rosa, estendendo-se ao longo de três grandes blocos entre as ruas Luz Soriano, 47-53, dos Caetanos, 19-20, e Travessa dos Fiéis de Deus, 92-106.
Rezam as crónicas que no solarengo palácio dos Melos de Serpa, "aos Caetanos", a condessa de Ficalho reunia a fina flor da elegância em certos dias da semana (segundas-feiras). Beneficiou de restauros no decorrer dos séculos XVIII e XIX.
Biografia arquitectónica do Palácio Ficalho: fundação num momento posterior a 1603; reconstrução na sequência de um projecto de 1882; separação do módulo da Rua Luz Soriano c. 1940; intimação camarária à realização de obras em 1968 desencadeada pela Polícia Municipal; projecto (não completamente concretizado nas partes exteriores) de profundas alterações, visando a “divisão do prédio [de 1600 m2] em várias habitações independentes, funcionais e de dimensões razoáveis (…)” (Arquitecto Manuel de Mello, 1980).
É, actualmente — do pouco que conserva da sua coerência arquitectónica de outrora — , composto por apartamentos de luxo.
Rua Luz Soriano |1968| Palácio Ficalho Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
Em algumas publicações a 1ª foto aparece identificada, erradamente vejo agora, como sendo a Calçada de Santana. Obrigada pelo esclarecimento sempre oportuno. Clara Alves
ReplyDeleteVivendo e aprendendo. E pensar, que eu estava passando por aqui e nem suspeitava da existencia de tal palácio.
ReplyDeleteComo eu gosto destas fotos e histórias da Lisboa do longínquo antigamente.
ReplyDeleteSó para quem pode turistar por este lindo país,um sonho,quem sabe um dia.. Aguiar Rodrigues
ReplyDeleteÉ bom recordar através destas fotos antigas os belos edifícios que o nosso país tem. AC
ReplyDeleteA tranquilidade com que se vivia em Lisboa nesse tempo. Maravilhoso.
ReplyDeleteAndei por aí em 1952, Lisboa dos aguadeiros, do peixe a porta, dos ardinas, do frenesim da praça da Figueira. Que saudades daquela Lisboa a quem os anos foram roubando a alma !
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