Chamou-se esta artéria em tempos não muito antigos "do Arco" por ter existido mais acima um arco ou passadiço que ligava o Paço de a-par-de S. Martinho [Cadeia do Limoeiro] à desaparecida paroquial desta invocação [de onde o nome Rua do Arco do Limoeiro, depois, do Limoeiro]; foi demolido precisamente há um século: 1838. [Araujo: 1938]
Seis anos após o falecimento do actor Augusto Rosa a artéria onde ele viveu e faleceu, a Rua do Arco do Limoeiro (no n-º 50), passou a ter o seu nome, consagrado pelo Edital municipal de 17/03/1924.
Inicialmente o topónimo foi atribuído como Rua Augusto Rosa, mas por parecer da Comissão Municipal de Toponímia de 09/04/1955 foi-lhe acrescentada a partícula «de» — Rua de Augusto Rosa — , justamente por o homenageado ali ter residido. Junto com a Travessa dos Teatros são os únicos topónimos relativos a Teatro na Freguesia de Santa Maria Maior.
Rua de Augusto Rosa |1901-10-29| Antiga do Arco do Limoeiro vendo-se à esq. a antiga cadeia do Aljube, depois convertido em museu. Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
Augusto Rosa (1850–1918), filho mais novo do actor João Anastácio Rosa e, irmão do também actor João Rosa, estreou-se no Teatro Baquet do Porto em O Morgado de Fafe em Lisboa, no ano de 1874. Trabalhou no Teatro da Trindade e também no D. Maria II, para o qual aliás, formou com seu irmão e Eduardo Brazão a Sociedade de Artistas Dramáticos que viria a dar lugar à Companhia Rosas & Brazão e, era tal o seu empenho nela que recusou por duas vezes ser professor do Conservatório de Lisboa.
Augusto Rosa foi agraciado com o Hábito de Santiago pelo Rei de Espanha e com a Comenda de Santiago portuguesa, para além de ter sido objecto de estudo de um professor da Faculdade de Medicina de Lisboa pela riqueza das suas expressões fisionómicas.
Rua de Augusto Rosa, 50 |1940| Antiga do Arco do Limoeiro Casa onde viveu e faleceu o actor Augusto Rosa junto à Sé de Lisboa. Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
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