Já de dia circulavam pela cidade os vendedores de manjericos e alcachofras, atroando o ar com os seus pregões, ao mesmo tempo que a criançada, numa insistência escandalosa atormentava o transeunte com os seus constantes pedidos de «cinco reizinhos para a cera». [Cordeiro: 2019]
Betesga (Rua da) — De O Popular, de 4 de Junho de 1902, N. ° 2:191, transcrevemos o seguinte nosso artigo, agora refundido: RUA DA BETESGA — Mandou a actual administração municipal, pela repartição competente, reformar os reformar os dísticos desta rua, restituindo-os á sua verdadeira forma: «Betesga», e não «Bitesga».
Fez muito bem, e esperamos que não fique neste só dístico a reforma.
Betesga é, diz Morais, uma ruazinha ou beco sem saída, que faz saco, ou fundo de saco; dai deriva o verbo embetesgar. Esta viela é antiga, e já se encontra nos escritores do seculo XVI. [Brito: 1935]
Por Edital de 28-08-1950 a Rua da Betesga ficou limitada pela Praça da
Figueira e de Dom Pedro IV. Até então, a antiga Rua da Betesga — vulgo
da Bitesga — , estendia-se desde a Praça Dom Pedro IV até ao Poço do Borratém.
Por ser, desde tempos antigos, ura ruela muito estreita, nasceu a expressão popular “Meter o Rossio na Rua da Betesga" – por alusão à extensão da Praça do Rossio e à estreiteza da Rua da Betesga.
Rua da Betesga |1942| Vista sobre a Rua da Betesga quando esta ainda se compreendia entre o Poço do Borratém e o Rossio (Praça Dom Pedro IV). A demolição do Mercado da Praça da Figueira permitiu uma remodelação urbanística da zona e daí foi atribuído o topónimo Rua Condes de Monsanto, que se observa em baixo, ao troço da velhinha Betesga entre o Borratém e a Rua dos Fanqueiros (à esq.). Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
No comments:
Post a Comment