Temos o pátio do Corvo, que por sinal devia ser do Curvo (dos Curvos Semedos), na rua do Paraíso, a rua dos Corvos às Escolas Gerais, a quinta dos Corvos na estrada da Luz, e ainda os corvos do claustro da Sé que ali estão mantendo uma tocante tradição e lembrando outros que há muitos séculos acompanharam até Lisboa o corpo de S. Vicente. [Macedo: 1940]
Supõe-se que esta denominação (1897) tenha a ver com a comemoração do licenciamento do brasão de Lisboa. A insígnia da cidade de Lisboa começou por ser um simples navio, com dois corvos, um à proa e outro à popa (aparece assim num selo da Câmara de 1612). Significava o transporte do corpo de S. Vicente do Promontório Sacro para Lisboa, e aos dois corvos que o acompanharam.
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Rua dos Corvos |1945| Perspectiva tomada da R. das Escolas Gerais para o Nascente. Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente |
Em 1897, a Câmara não possuía qualquer título legal ou autêntico que lhe autorizasse o brasão, solicitou assim um alvará e carta, que lhe concederam as armas, que passou a usar.
Relativamente ao historial do arruamento pode-se afirmar que o seu traçado, embora sem denominação própria, já constava na planta da freguesia de Santo Estêvão, incluída no volume “Lisboa na 2ª metade do séc. XVIII”, de Francisco Santana.
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Rua dos Corvos |1899| Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
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