Friday, 17 February 2023

Rua dos Corvos

Temos o pátio do Corvo, que por sinal devia ser do Curvo (dos Curvos Semedos), na rua do Paraíso, a rua dos Corvos às Escolas Gerais, a quinta dos Corvos na estrada da Luz, e ainda os corvos do claustro da que ali estão mantendo uma tocante tradição e lembrando outros que há muitos séculos acompanharam até Lisboa o corpo de S. Vicente. [Macedo: 1940]

Supõe-se que esta denominação (1897) tenha a ver com a comemoração do licenciamento do brasão de Lisboa. A insígnia da cidade de Lisboa começou por ser um simples navio, com dois corvos, um à proa e outro à popa (aparece assim num selo da Câmara de 1612). Significava o transporte do corpo de S. Vicente do Promontório Sacro para Lisboa, e aos dois corvos que o acompanharam.

Rua dos Corvos |1945|
Perspectiva tomada da R. das Escolas Gerais para o Nascente.
Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente

Em 1897, a Câmara não possuía qualquer título legal ou autêntico que lhe autorizasse o brasão, solicitou assim um alvará e carta, que lhe concederam as armas, que passou a usar.
Relativamente ao historial do arruamento pode-se afirmar que o seu traçado, embora sem denominação própria, já constava na planta da freguesia de Santo Estêvão, incluída no volume “Lisboa na 2ª metade do séc. XVIII”, de Francisco Santana.

Rua dos Corvos |1899|
Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente

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