Aí temos no Largo, no prédio n.° 2 — recorda Norberto de Araújo — , um registo de azulejo dando N. Senhora, Santo António e S. Marçal [entretanto removido, vd. 2ª imagem]. Os dois prédios contíguos já são do tipo original da Alfama, embora ainda discretos; noutro sítio de Lisboa seriam «uma graça». Por aqui, à força da acumulação dos motivos urbanos, não passam estes de triviais.
Eu calculo, sem exagero, em mais de uma centena o número de casas pitorescas neste histórico bairro, de vários tipos e idades, mas cada uma delas com sua característica própria e nota «pessoal»: raro é uma casa reproduzir-se de outra.
Largo de São Rafael [c. 1950] Ao fundo nota-se um registo de azulejo dando N. Senhora, Santo António e S. Marçal, entretanto removido. Estúdio Horácio Novais, in Lisboa de Antigamente |
Este Largo de Alfama que se encontra na confluência entre a Rua São João da Praça, Rua de São Miguel, Beco das Barrelas e Rua da Judiaria é um topónimo fixado em Lisboa após o terramoto de 1755. De acordo com Gomes de Brito, a denominação radica no facto de neste arruamento ter havido a ermida da Congregação de S. Rafael. No local onde se ergueu a igreja paroquial de São Pedro destruída pelo terramoto foi construído um hospício e igreja de Nossa Senhora da Conceição ou dos Sufragadores das Almas do Purgatório, religiosos da Ordem que tinha por patrono o arcanjo S. Rafael e que acabou extinto em 1834.
Nesta artéria ergue-se a Torre de Alfama ou de S. Pedro.
Largo de São Rafael, 2 [1960] Painel de azulejos representando Nossa Senhora da Conceição, Santo António e São Marçal, entretanto removido. Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
Foi removido para parte incerta. Indagada a edilidade não responde.
ReplyDeletePois passava por aí muitas vezes para ir para o Largo do Salvador e Castelo claro que havia outros caminhos a minha querida Alfama de becos e Ruas que vão dar a todo o lado!
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