Há (em1889) na esquina sul desta travessa (do Caracol da Penha) para a rua de Arroios — diz Júlio de Castilho — uma pequena casa, de mesquinha aparência, em cujo cunhal se vê um nicho, hoje tapado, mas que antigamente tinha por habitante não sei que santo ou santa, com o indispensável pingente da sua lanterninha. [...] Chamava-se por causa dele, ao sítio, o Nicho da Imagem.¹
Rua Marques da Silva |c. 1900| Cruzamento com a e Avenida Almirante Reis O nome deriva da existência no local do Convento da Encarnação. Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
N.B. Em 1891, quando a C.M.L. procedeu ao alargamento da Travessa do Caracol da Penha, a então denominada Quinta da Imagem era propriedade do comerciante João Marques da Silva.
Perguntemos agora: Marques da Silva porquê? quem foi aquele senhor? que fez ele?
Perguntemos agora: Marques da Silva porquê? quem foi aquele senhor? que fez ele?
Era ao tempo um comerciante que morava na rua dos
Anjos e que era proprietário da célebre Quinta da Imagem, ali ao Caracol da Penha,
ao virar para a rua de Arroios, quinta da qual o sr. João Marques da
Silva, — era este o seu nome — ofereceu uma fatia à Câmara para
alargamento da travessa do Caracol! E lá vimos que foi nessa
sessão que o vogal da Comissão Administrativa do Município, sr. Costa
Lima, propôs, e foi aprovado, para que a travessa passasse a ter o nome do proprietário local que contemplou a cidade com aquela nesga de terreno da sua quinta.²
Bibliografia
² MACEDO, Luís Pastor de, Lisboa de Lés a Lés, vol. IV, pp. 52-54, 1968.
Excelentes informações
ReplyDeleteErnesto