Poucos edifícios por esta área — escreve Norberto de Araújo — têm a grandeza deste antigo Palácio dos Condes Almirantes de Resende, e que se confina entre as duas faces do Campo de Santa Clara, e Rua do Paraíso.
No ângulo sul deste enorme edifício, e com ingresso por uma estreita porta na Rua do Paraíso, estão instalados o Arquivo Histórico Militar, este fundado em 25 de Maio de 1911 (sendo então director o coronel Henrique Luiz Pacheco Simões), mas só aqui arrumado depois da sua Organização de 1921 (cremos que em 1923). [...]
O Palácio Resende é usufruído pelo Ministério da Guerra, e e aparte os arquivos citados — todo o edifício é hoje ocupado pelos serviços das Oficinas Gerais de Fardamentos e Calçado [hoje OGFE vulgo Casão Militar], designação que vem de 1926, sucedendo ao Depósito Central de Fardamentos, criado em 1907. O edifício sofreu na parte poente e sul um grande incêndio em 1916, mas foi logo depois reedificado.Antes de 1906, neste edifício Resende, e com frente para a Travessa do Zagalo, esteve — desde muitos anos antes — aquartelado um regimento de artilharia; durante muito tempo sobre o muro daquela Travessa, e que ampara os terrenos circundantes do velho monumento de Santa Engrácia — nos quais em 1909 se construiu um pavilhão anexo da Fábrica Militar de Calçado — viam-se as bocas das peças.
Em 1916, o esquecido monumento nacional das «Obras de Santa Engrácia» foi ocupado (provisoriamente, se disse) pelas Oficinas de Calçado.
Também há poucos anos, e durante um curto período, a profanada capela do Conventinho do Desagravo serviu de Depósito de Material das Oficinas Gerais.
São bem curiosos estes sítios! Têm um bairrismo tranquilo,
quási de extramuros, desafogado e popular, sem cair no pitoresco. Mas
hemos de andar para diante.
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VIII, pp. 79-80, 1939.
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